Bissau, 27 Set 23 (ANG) – A Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), exortou o Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica a se focalizar no essencial, que diz ser a “garantia da aprendizagem e ativação plena de todos os serviços vitais do setor”.
Rosália Djedju falava, terça-feira, na cerimónia da abertura do ano letivo 2023/2024,realizada sob o lema » Resiliência e Confiança para Uma Educação de Qualidade », na presença do Primeiro-ministro, do ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica e demais personalidades e organizações ligadas ao setor do ensino.
Disse que quando se fala de garantir aprendizagem contínua, quer dizer, garantir o acesso à escola à todas as crianças em idade escolar e jovens,visto que é um dos direitos fundamentais, mas diz que , realmente, tem sido difícil assistir tudo isso no setor educativo guineense.
A líder da Conaiguib sublinhou que, embora seja dada a abertura ao ano lectivo que transmite uma confiança reservada de que haverá aulas, o desafio maior será garantir a aprendizagem contínua aos alunos e estudantes, sem que haja grandes interrupções, que ao longo dos oito anos letivos na Guiné-Bissau foi algo impossível, visto que, durante esses anos a educação foi perturbada por séries de paralizações .
Djedju sublinhou que, dar início ao ano letivo convida à toda a comunidade educativa para uma reflexão profunda sobre a educação que tem durante todo esse tempo, e do tipo de serviços que tem prestado como sendo parte importante do sistema educativo.
Sublinhou que essa reflexão vai ajudar a projetar e ter um ano letivo diferente, pelo positivo, dos anos já passados, porque o sistema da educação da Guiné-Bissau precisa de ações e execuções de toda a organização técnica e administrativa inserida no quadro legal que regula o setor .
Disse ter a certeza que a organização que têm, pode sem dúvidas, alavancar o sistema educativo, acrescentando que os professores só podem ser produtivos se o Estatuto de Carreira Docente tiver total aplicabilidade.
Aquela responsável, referiu que o ano lectivo 2023/2024 coincidiu com a comemoração dos 50 anos da independência e o que o fato deu uma responsabilidade acrescida à todos os membros do governo, em especial ao ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica, considerando que a educação é setor chave para alavancar o desenvolvimento que todo o guineense almeja.
Djedju sustenta que esta responsabilidade acrescida se deve ao facto de que o país dispõe de um número reduzido de infraestruturas escolares de qualidade passados 50 anos da independência e de a Guiné-Bissau se deparar ainda com insuficiência de infraestruturas nas tabancas, que tem obrigado a muitas crianças do nível do primeiro e segundo ciclo do básico a se deslocarem, à pé, mais de 2 quilómetros para a escola.