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Escritora Vera Duarte diz notar presença “muito expressiva” da voz da mulher na poesia cabo-verdiana


  22 Mars      106        LeaderShip Feminin (448),

 

Cidade da Praia, 22 Mar (Inforpress) – A escritora Vera Duarte afirmou esta segunda-feira, que se tem notado uma presença “muito expressiva” da voz da mulher na poesia cabo-verdiana, passando da musa inspiradora para ter voz mais presente neste ramo.
A também poetisa, fez estas declarações à Inforpress por ocasião do Dia Mundial da Poesia que se assinala a 21 Março, anualmente, para comemorar a diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da criatividade e da inovação.
“Hoje notamos grandes diferenças em relação ao que se tinha antigamente, é para já esta presença bastante expressiva da voz da mulher na poesia cabo-verdiana. Passamos de um tempo em que as mulheres eram as musas inspiradoras e vivemos agora um período em que a voz da mulher na poesia é cada vez mais presente e mais escutada”, observou.
“E se me permitas citar, a professora brasileira Simone Caputo Gomes, grande estudiosa da literatura cabo-verdiana, disse, em uma entrevista, que acha que Orlanda Amarílis, Vera Duarte, Dina Salústio são presenças que já estão no campo literário cabo-verdiano”, citou, explicando que outrora não havia praticamente voz feminina reconhecida e com visibilidade, mas actualmente há vozes reconhecidas, com visibilidades e galardoadas com prémios.
A seu ver, isto só enriquece a poesia cabo-verdiana, tendo exprimido a sua gratificação pelos prémios recebidos até então.
Vera Duarte, que já venceu prémios como Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2021, frisou que os prémios gratificam quem está na criação porque os mesmos significam que “a sua voz” está a ir um “pouco mais longe” e está a ser escutada por outrem.
Considerou, nesta senda, que a poesia é uma linha essencial para uma vida mais rica, mais plena, caminho para liberdade (…) que contribui, sobretudo, para climas de maior paz e estabilidade no mundo.
Segundo ela, a poesia não pode salvar o mundo, mas ajuda a salvar o mundo, ajuda a criar uma humanidade e uma cidadania muito mais próxima do ser humano.

Vera Duarte, que desde muito cedo começou a escrever poemas quando ainda frequentava a escola Dominical de Nazareno, vincou a necessidade de incentivar as crianças a praticar poesias, ressalvando a importância também das igrejas neste domínio.
A poetisa relata que sempre gostou de poesia, mas quando ainda trabalhava não era fácil escrever porque o trabalho interpelava muito, mas desde que se aposentou, a cerca de 10 anos, tem se dedicado muito à poesia.
“Na verdade, já publiquei 15 livros, a maioria são poesia e, portanto, posso dizer que já comemorei os meus primeiros 25 anos de publicação de poesia e penso que cada vez mais, sobretudo depois que reformei, a escrita literária, no qual a poesia ocupa um lugar enorme, tem sido a grande a actividade a que me tenho dedicado depois da reforma”, referiu.
Vera Valentina Benrós de Melo Duarte Lobo de Pina, mais conhecida por Vera Duarte, nasceu no Mindelo, em 1952. Iniciou-se na literatura em 1993, com o livro “Amanhã Amadrugada”, que se destaca por ser uma obra inovadora ao apresentar poemas em prosa e romper com os gêneros literários.
De entre outras premiações, conquistou o 1º Prémio no Concurso Nacional de Poesia de Cabo Verde em 1981, foi contemplada com o Prémio Norte-Sul de Lisboa no Conselho da Europa em 1995 e recebeu, em 2003, o Prémio Sonangol de Literatura, que procura valorizar o trabalho de escritores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

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