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Especial 24 de Setembro/Antigo aluno do Internado de Boé lamenta estado avançado de degradação das infraestruturas locais


  22 Septembre      45        Travaux publics (430),

 

Bissau, 22 Set 20 (ANG) – Um dos antigos estudantes do Internato de Madina de Boé lamentou o estado de degradação das infraestruturas daquele sector onde foi proclamado o Estado da Guiné-Bissau.

Amadu Djaló, em entrevista concedida à ANG, Jornal Nô Pintcha e RDN, no quadro da comemoração de mais um ano de independência da Guiné-Bissau

que se assinala no dia 24 de Setembro, disse que, de facto, existia um Internado em Boé por iniciativa do PAIGC e de Amílcar Lopes Cabral.
Contou que durante a visita que Cabral efectuou àquela localidade, em 1971, quando passou numa tabanca de nome Sibidjam, constatou que havia muitas crianças sem escola e que havia necessidade de criar um Internato local, uma vez que Boé já era uma zona libertad
a e que a maioria das crianças era indígena.

“Foi assim que o Internado surgiu e o primeiro professor foi um português de nome Duarte Campos que fugiu para as matas para combater contra o regime colonial do seu país de origem. Havia um primeiro Internado entre 1969/70, mas os alunos foram dispersos porque na altura existiam muitos bichos parasitas que atacavam as pessoas nos dedos dos pés e como não havia alternativa para sanear este problema os alunos dispersaram », explicou.

Djaló disse que a iniciativa de criar um Internato era para fazer com que as crianças sejam alfabetizadas, o que foi um grande problema, uma vez que os mais velhos não tinham a ideia de mandar os filhos para a escola.

Disse que, com ajuda de um homem chamado Sori Djaló, que falava a língua local que é fula, convenceu os pais a deixarem pelo menos um dos filhos ir para escola e os restantes continuavam a cuidar dos campos de cultivo.

“Foi assim que ele consegiu levar certos alunos, principalmente os que moravam perto da zona onde situava o Internato, entre eles destaco o Malal Sané, Aldjuma Sissé, Talal Sané. Estes foram os primeiros filhos de Boé que foram para o Internato”, explicou.

Acrescentou que, depois vieram crianças de Norte e Sul do país para ingressar no Internato, uma vez que Boé foi a primeira zona libertada e que posteriormente Sori Djaló foi nomeado Presidente da região de Boé.

Amadu Djaló lembrou que os alunos recebiam nomeadamente roupas, comida, latarias, leite e quando vão para as tabancas as outras crianças vendo isto começaram a frequentar as aulas até atingir o número de 500 à 600 alunos, antes de proclamação da independência.

“A independência foi proclamada junto a um local chamado “Balion “,que significa negro na língua fula, em 1973. Foi junto ao nosso Internato no campo onde jogávamos a bola foi ali que colocaram a tribuna de honra entre duas árvores, uma de Pau Sangue outra de Conta e a partir daí a luta tomou um novo rumo ou seja, as hostilidades no campo da batalha diminuiu com cessar fogo unilateral”, lembrou Djaló.

O antigo estudante do Internato de Madina de Boé salientou que falar daquela localidade hoje é uma tristeza devido as péssimas condições de vida que os seus citadinos levam, frisando que o primeiro Presidente após a independência, Luis Cabral visitava-os no Internato em Lugadjol.

Amadu Djaló disse que Luís Cabral chegou de afirmar que Boé seria capital política e Bissau seria capital comercial da Guiné-Bissau.

“Isso era o seu plano mas depois de 14 de Novembro de 1980, tudo mudou ou seja os projectos foram esquecidos e o país ficou a deriva e agora os internatos, a nivel nacional, simplesmente desaparaceram”, disse

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