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Federação Cabo-verdiana de Xadrez sente-se discriminada e humilhada pelo Governo


  13 Juillet      40        Sport (13923),

 

Cidade da Praia, 13 Jul. (Inforpress) – A Federação Cabo-verdiana de Xadrez reivindica a “premiação dos seus atletas em moldes idênticos aos outros campeões nacionais” e considera-se que tanto a instituição como os seus atletas foram discriminados e humilhados pelo Governo de Cabo Verde.
Esta posição foi manifestada pela direcção liderada por Francisco Carapinha em comunicado enviado à Inforpress, dando conta do protesto já apresentado junto do ministro-adjunto do primeiro-ministro para o Desporto e Juventude, Carlos Monteiro, “solicitando uma reparação pública dos actos”.
É que para FCX, o campeão nacional absoluto de xadrez, e também bicampeão Africano da Zona 4.2, o mestre internacional Marino Ortega, bem como a campeã nacional feminina da modalidade, Célia Rodriguez Guevara, ficaram fora do quadro da premiação dos campeões nacionais no acto simbólico realizado a 30 de Junho, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Sal.
“O argumento para que os campeões nacionais de xadrez não fossem contemplados com as premiações, veio do Sr. presidente do Instituto do Desporto e da Juventude, dizendo que estavam a ser premiados os campeões de 2021/2022, argumento nitidamente de recurso e que “caiu imediatamente por terra” já que o nosso Campeão Nacional Absoluto detém o título desde 2020”, lê-se na missiva.
Sublinha a fonte que o título alcançado nessa temporada foi obtido no ano em que, com a pandemia da covid-19, o xadrez foi a única modalidade desportiva que teve coragem de realizar o campeonato nacional em Cabo Verde e, nos anos de 2021 e 2022, altura na qual o mestre internacional recebeu os correspondentes títulos nacionais directamente das mãos do ministro da tutela.
Como este argumento não resultou, assinala a FCX nesta reclamação, o presidente do IDJ veio dizer que não havia premiação para o xadrez porque não era modalidade olímpica, pelo que a federação contra-argumenta que “embora não fazendo nem tendo feito parte do Programa dos Jogos Olímpicos, é reconhecido pelo COI, e como tal é modalidade olímpica”.
“No entanto, houve pelo menos uma modalidade, que não faz parte do Programa dos Jogos Olímpicos, nem a sua Federação é membro do COI, e foi premiada em actos semelhantes realizados antes deste do Sal. Como pode o Sr. presidente do IDJ explicar isto?”, indaga os responsáveis da FCX.
Nesta reclamação, recorda o queixoso que desde 2017 a FCX faz o seu Campeonato Nacional Individual Absoluto, e as associações os seus Campeonatos Regionais, sem qualquer interrupção, excepto em 2020 (ano da pandemia) que não se realizaram Campeonatos Regionais, mas a FCX realizou o único Campeonato Nacional, deste ano, em Cabo Verde.

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