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Fogo: Primeira edição da Festa do Queijo foi “um sucesso e objectivos foram atingidos” – organização


  30 Mai      25        Agriculture (4121),

 

São Filipe, 30 Mai (Inforpress) – A organização da primeira edição da Festa do Queijo, encerrada domingo, 29, na comunidade de Monte Grande, na ilha do Fogo, considerou que o evento foi “um sucesso” e que “todos os objectivos definidos foram atingidos”.
O membro da organização Pedro Matos disse que se tratou da primeira edição, que serviu de “ensaio e experiência” para introduzir a Festa do Queijo no calendário oficial da zona, observando que normalmente existem festas relacionadas com determinadas localidades e que doravante quando se fala em festa de queijo as pessoas associam sempre à comunidade de Monte Grande.
“É uma festa com características especiais porque é feita na comunidade, pela comunidade e para as pessoas da comunidade, ou seja, o protagonista é a comunidade”, referiu Pedro Matos, observando que a ideia é diluir a pessoalidade e transformá-la na colectividade.
Segundo o mesmo, embora não haja evento que não seja político, a “organização retirou a parte ideológica para que todos pudessem sentir um ambiente informal de uma coisa séria”, acrescentando que a sua realização se enquadra também na necessidade de dinamizar a zona e introduzir e levar “mais parceiros, mais actividades e mais exposição e venda” de produtos derivados de queijo.
O objectivo alcançado, segundo explicou, foi chamar atenção e reunir jovens à volta desta ideia, realização de formação, que contou com dez participantes, sobretudo mulheres, e reunir a comunidade para conversar sobre o desenvolvimento de uma forma informal e sem excluir quem quer que fosse.
Pedro Matos destacou a participação das mulheres na formação, o que demonstra alguma tendência para inverter a perspectiva de desenvolvimento com envolvimento das mulheres na tomada de decisão, já que na maioria das vezes é homem quem decide, “não reconhecendo a mulher pelo seu protagonismo invisível”.
Com a realização deste evento pretendeu-se igualmente demonstrar a possibilidade de se ter um “novo vector” de desenvolvimento económico em torno do queijo e o aproveitamento dos derivados.
Pedro Matos apontou como exemplo o soro, que antigamente era destinado aos animais ou descartado, mas que pode ser aproveitado para confecção de doce, requeijão cremoso e que pode servir como material de base para produção de patê.
“A partir do momento em que os jovens começam a identificar a potencialidade existente teremos mais aposta nessas actividades económicas e teremos mais valorização e permanência dos jovens na região e sem necessidade de pensar que o sonho e o paraíso estão para além da Cidade da Praia”, advogou Pedro Matos, sublinhando que “é possível transformar a comunidade, através de um produto, queijo”, explicando que há países cuja economia está relacionado apenas com queijo.
Apontou que existe um produto de qualidade, mas essa qualidade não se reflete no padrão de vida dos pastores/criadores, adiantando que com a entrada de parceiros é possível criar uma “nova perspectiva” sobre a economia e sobre o desenvolvimento.
A vida na comunidade gira em torno da criação, mas Pedro Matos pede a criação de uma alternativa para o período de crise e novos desafios económicos, destacando que hoje com recurso à tecnologia é possível ter sistema de água para garantir a produção, e não depender apenas da chuva.
“Precisamos de um recurso que todo o mundo precisa que é a água”, pontuou Pedro Matos, para quem pode-se recorrer à dessalinização da água do mar para sistema de rega gota a gota, “criando alternativa e melhorando a qualidade de vida para a população”.
O fracasso do desenvolvimento actual é porque a comunidade, os actores que vão implementar e aqueles que beneficiam das decisões “são excluídos” na tomada das decisões, referiu.
Leão Lopes, uma das pessoas que esteve envolvidas na realização da Festa do Queijo desde o surgimento da ideia, salientou que a história da economia e a vida cultural e social de Monte Grande gira à volta da criação de animais, sobretudo cabra, e da produção de queijo que esteve na base de formação de muitos quadros da comunidade, e foi também o mote para a realização da festa.
O deputado pelo círculo eleitoral do Fogo, Filipe Santos, por seu lado, que é natural de Monte Grande, reconheceu os esforços da organização para valorizar aquilo que considerou ser a riqueza da localidade, onde a maior parte das famílias depende da pecuária e da agricultura, e que a iniciativa ajuda a promover os produtos e colocá-los noutros mercados.
Prometeu exercer a sua influência, enquanto deputado da Nação, junto do Governo e das câmaras municipais, para mobilizar mais recursos e apoiar os criadores e agricultores para que não fiquem apenas no festival, “mas ter pernas mais compridas e dar um salto mais além”.
O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente e a representante de Pro-empresa explicaram os vários projectos e possibilidades existentes para mobilização de financiamentos para actividades agropecuárias e os caminhos que as pessoas devem seguir para os conseguir, com destaque para a necessidade de estarem organizados.
Os criadores de Monte Grande receberam uma brochura com noções básicas sobre alimentação e nutrição animal e desdobráveis “Bolo multinutricional” e “Vamos tratar a palha seca com ureia”, visando melhorar a produção dos animais.

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