Cidade da Praia, 30 Out (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente garantiu hoje que o plano de mitigação da seca para este ano já se encontra desenhado e com um investimento de um milhão de contos, com foco na mobilização da água.
Gilberto Silva, que falava aos jornalistas à margem de uma visita efectuada às obras de drenagem de água na Avenida Cidade de Lisboa, na Cidade da Praia, acompanhado do ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, e do presidente da câmara da Praia, Óscar Santos, disse que o plano já está traçado, mas que precisa “ser territorializado”.
“Temos o plano de 2018 em andamento, que está até previsto para ir até final de Outubro. De seguida vamos ter que fazer uma avaliação mais pormenorizada a nível de cada concelho e ilha, para definirmos, juntamente com os parceiros, neste caso as autarquias, o nível das intervenções a fazer”, explicou, acrescentando que próximo passo é “mobilizar e implementar” os recursos.
Neste processo, observou, é necessária “confiança” e “muita solidariedade” entre todas as partes, entre elas a população rural afectada, as organizações não-governamentais e as autoridades.
O plano para este não tem uma data concreta para arrancar, mas, segundo o governante, há “muita coisa” que começa de “imediato”, referindo às campanhas de sensibilização e educação, assim como mobilização da água.
“Este terceiro plano de mitigação será marcado pelo peso do sector da água. Temos que mobilizar mais água tendo em conta o abaixamento dos aquíferos depois de três anos de seca”, admitiu.
Segundo Gilberto Silva, é preciso reforçar a dessalinização da água, liberar os furos para a agricultura e, acima de tudo, fortalecer o sistema de irrigação, possibilitando a poupança da água, que permite manter a capacidade de produção das famílias.
No plano está previsto, também, o crédito, as actividades geradoras do rendimento, intervenções no domínio do reforço das cantinas escolares, bem como o transporte de água para zonas de altitudes.
Tendo em conta que o país já vai nos três anos da seca, o governante reconheceu a necessidade de alargar ainda mais e ligar o plano com as medidas de resiliência.
“Não é só mitigar, mas sim é preciso adaptar, daí falar da água, que é fundamental, mas também temos que encontrar e fomentar outras actividades que vão promover, ainda mais, o rendimento das famílias”, enfatizou.
Por outro lado, o ministro defendeu a necessidade de o país fomentar as actividades no domínio da pesca, para que as famílias possam ter alternativas.