Praia, 15 Out (Inforpress) – O Governo ‘socializou’ hoje, na cidade da Praia, a Estratégia Nacional para o Mar (ENM) no horizonte 2023/2033, destacando como prioridade a modernização e a extensão das infra-estruturas marítimas e portuárias e o desenvolvimento do capital humano.
A declaração foi feita à imprensa pelo ministro do Mar, Jorge Santos, na abertura do ateliê de apresentação da Estratégia Nacional para o Mar, um documento estratégico e de orientação das políticas públicas a curto, médio e longo prazos de Cabo Verde, no quadro do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS II).
De acordo com o ministro, a ENM visa transformar o mar em um dos principais motores de crescimento económico do país, tendo assinalado as três grandes prioridades, nomeadamente a modernização dos portos e das infraestruturas relacionadas à pesca e reparação naval, que será fundamental para impulsionar a economia marítima, atraindo investimentos e fortalecendo o papel de Cabo Verde no Atlântico Médio.
“Em segundo lugar, temos a industrialização e a modernização da pesca em Cabo Verde, aqui entra também um elemento que é a aquacultura, que é um elemento novo, que está a começar a desenvolver, com dois projectos em São Vicente (…)”, sublinhou.
O terceiro grande pilar é o capital humano, uma vez que, para o ministro, o desenvolvimento de competências especializadas por meio de instituições como a Universidade Técnica do Atlântico (UTA) e a Escola do Mar Cabo Verde (EMAR) é considerado essencial para garantir o sucesso da estratégia.
“Porque sem capital humano, sem técnicos formados, nós não conseguimos chegar lá”, disse destacando a importância da investigação e da formação profissional.
Jorge Santos apontou ainda que a Estratégia Nacional para o Mar também foca em promover a sustentabilidade ambiental e integrar a economia marítima de Cabo Verde com mercados globais, posicionando o país como um centro de logística e transporte na região.
Uma das estratégias, conforme mencionou, passa também em transformar os portos de Cabo Verde, em portos verdes, como forma de posicionar no Atlântico Médio como um ‘player’ importante no alinhamento desde do Atlântico Sul, da África do Sul, entre outros países, até chegar na Europa.
A iniciativa conta com o apoio de parceiros internacionais, como o Global Gateway da União Europeia, e o Banco Africano de Desenvolvimento.