Cidade da Praia, 26Abr (Inforpress) – O Ministério da Agricultura e Ambiente assinou nesta segunda-feira, um memorando com o InternationalInvestmentBank (IIB) que visa o financiamento da importação de bens alimentares de primeira necessidade e a manutenção da capacidade produtiva do sector da pecuária.
“Para nós, Governo, é um prazer estar aqui a assinar este memorando de entendimento, que marca o início de umas negociações com o IIB, que já tem KnowHow, na importação em linhas de crédito que permitam a importação e também a gestão logística que está associada a grupos com muita experiência em matéria de gestão logística dos cereais, nomeadamente, e outros produtos de primeira necessidade alimentar”, avançou o Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, durante a cerimónia de assinatura.
Segundo o governante, a ideia vem na sequência da aprovação de um conjunto de medidas pelo Governo, no sentido de mitigar os efeitos económicos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, em que o executivo entendeu, entre essas medidas, apoiar a aquisição agrupada de cereais e outros produtos de primeira necessidade de modo a diminuir os riscos de ruptura de estoque e contrapôr a inflação no mercado.
“As compras agrupadas, permitem comprar maior quantidade, com isto, aumentar o período de estoque dos produtos, também reduzir o risco de ruptura e ter maior poder negocial, quando nós estamos a falar de preços, sempre quando se compra maior quantidade, pode-se portanto, discutir melhor os preços dos produtos”, explicou.
Silva afirmou ainda que este memorando, visa estabelecer o “ambiente institucional favorável”, para a negociação do crédito, no sentido, não de “obrigar as partes”, mas com objectivo de “induzir a negociação”, das empresas de importação de cereais.
“Estamos a falar de um crédito bastante favorável e condições quase que concessionais para esta importação”, afirmou o ministro, acrescentando que a aquisição, “garante ao País a estabilidade que se pretende”.
Para o Ministro da Agricultura e Ambiente esta medida é “boa” também para a pecuária, visto 96% do milho importado, destina-se à produção de ração animal, sendo o milho a “componente maior” na composição da mesma, pelo qual afirma que “negociando um bom preço do milho e assegurando que não haja ruptura, está-se, de facto, a assegurar que a actividade pecuária seja estabilizada”.