Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – O Governo reforçou a capacidade investigativa da Polícia Judiciária (PJ) com 74 novos efectivos entre inspectores, seguranças e técnicos de laboratórios para combater as “novas e mais sofisticadas” formas de criminalidade, anunciou hoje a ministra da Justiça.
Joana Rosa, que falava à imprensa, momentos antes de presidir a cerimónia de abertura da formação para os novos inspectores e seguranças estagiários de nível I, sublinhou que a medida consta do programa do Governo e visa dar respostas à criminalidade designadamente o cibercrime e criminalidade financeira, sem descorar, aludiu, a criminalidade urbana e contra os mais desprotegidos como crianças e mulheres.
« A criminalidade não tem fronteiras e nós temos que ter uma Polícia Judiciária cada vez mais capacitada, treinada, com mais efectivos e iniciamos hoje uma fase importante com a formação de 74 novos efectivos entre inspectores, seguranças e técnicos de laboratório”, apontou.
A ideia, segundo a governante, é criar as condições para que a polícia científica possa trabalhar em melhores condições, mas também centrar-se na investigação criminal e no apoio ao Ministério Público e na criação de um ambiente de segurança e justiça.
Com este grupo que vai entrar, continuou a mesma fonte, cumpre-se o que prescrito no Programa do Governo, que é o reforço institucional da PJ e reforço laboratorial.
Isto porque, enfatizou, os técnicos de laboratório vão reforçar a parte relacionada com os exames e todo o trabalho e todas as atribuições que são da alçada da própria Polícia Judiciária.
Joana Rosa assegurou que o Governo está a trabalhar também a nível legislativo, com a alteração do estatuto, a nível de equipamentos e funcional, com o reforço de meios operacionais e laboratoriais e, sobretudo, no reforço e capacitação dos recursos humanos, com acções de formação especializadas para preparar a PJ para o combate às novas formas de criminalidade.
Entretanto, reconheceu que existem ainda desafios, nomeadamente ter a presença da PJ em todas as ilhas e a construção da nova sede para dar mais dignidade à instituição.
“Nós temos estado em ligação com o Património do Estado e já estamos a trabalhar num projecto de remodelação, ampliação e reabilitação do actual espaço para conferir dignidade, e estamos a trabalhar também para que a PJ possa ter em São Vicente uma nova sede”, acrescentou.
Outro desafio, segundo Joana Rosa, é a instalação de uma célula nas ilhas de Santo Antão e do Fogo.
Para a ministra, a PJ tem estado a cumprir com o seu papel, mas com a entrada desses novos efectivos vai estar “ainda em melhores condições” de cumprir as suas atribuições, de dar respostas e de garantir cada vez mais a pacificação social e trabalhar sempre na investigação criminal.
Segundo a governante, a PJ tem o seu plano de formação graças à cooperação internacional com Portugal, Estados Unidos da América e outros países.
A formação para os novos inspetores e seguranças estagiários de nível I do quadro da PJ terá a duração de seis meses.