Cidade da Praia, 28 Jul (Inforpress) – O Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) e o Fundo do Turismo assinaram terça-feira, na Cidade da Praia, um protocolo para a transversalização do género sector.
O acordo, segundo o memorando de entendimento, prevê a mobilização de verbas para o plano de acção de transversalização de género no turismo, uma ferramenta estratégica de intervenção no sector do turismo, elaborado pelo ICIEG.
Esse fundo, precisa o documento, a que a Inforpress teve acesso, preconiza medidas concretas alinhadas com os objectivos estratégicos do Programa de Governo da IX Legislatura, nomeadamente o objectivo de requalificação do turismo como pilar central da economia cabo-verdiana e o de transformar Cabo Verde numa nação exemplo no mundo em matéria de igualdade de género e de inclusão social.
Para isso, o Instituto do Turismo de Cabo Verde, através do Fundo do Turismo, e o ICIEG, assinaram este protocolo com a finalidade de apoiar o sector turístico na utilização de uma abordagem de género.
Após a assinatura do documento, a presidente o ICIEG, Rosana Almeida, enalteceu essa parceria pela importância que o turismo representa para Cabo Verde e pela percentagem de mulheres que estão no sector.
Por isso, considerou que o plano de acção de transversalização de género no turismo é “ambicioso”, informando que vai ser adaptado à realidade da retoma, levando em conta os impactos da covid-19 no sector.
Para a sua implementação, indicou, torna-se “fundamental” a criação de um núcleo e uma comissão com a responsabilidade de fazer o seguimento do plano, que vai dar grande destaque aos sistemas dos cuidados e a promoção do trabalho digno das mulheres que laboram no sector do turismo.
Por sua vez, o presidente do Instituto do Turismo de Cabo Verde, Humberto Lélis, disse que a instituição está focada no aprimoramento dos recursos humanos no país, “incluindo homens e mulheres”, com a realização de várias acções de formação e projectos de diversificação da oferta turística.
De entre os projectos destacou o ‘Cape Safety’ para a melhoria da qualidade da restauração para dar respostas aos efeitos da pandemia e ao empoderamento das mulheres.
Em relação ao protocolo, Humberto Lélis garantiu que o ITCV vai estar “engajado” na consecução dos objectivos consagrados no documento, “que são comuns às duas instituições”.
O protocolo rubricado tem a duração de 36 meses, renováveis por igual período, podendo sempre que necessário, e por acordo das partes, em qualquer momento, sofrer as alterações convenientes que serão objecto de uma adenda.