Espargos, 10 Mar. (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, assegurou, esta terça-feira, que o município já dispõe de um Plano Municipal de Habitação, instrumento que permitirá a edificação de moradia digna às famílias na ilha turística.
A apresentação do Plano Municipal de Habitação foi feita segunda-feira, 08, pelo Ministério das Infra-Estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, e a ONU-Habitat.
Segundo Júlio Lopes, esses dias têm havido “boas notícias” para o Sal, referindo-se, concretamente à apresentação deste Plano Municipal de Habitação para o Sal, ao lançamento da plataforma para a elaboração do Plano Estratégico Municipal Sustentável e ao programa Bootcamp Viveiro Empreendedor, para empoderamento dos jovens salenses.
No que concerne à questão habitacional no Sal, prognosticando que em 2030 a ilha turística poderá alcançar 50 mil habitantes, o autarca disse que serão necessárias a construção de três mil casas para fazer face ao déficit habitacional até esse ano, para que as pessoas possam habitar com dignidade.
“Então, este plano já prevê as soluções que a Câmara Municipal do Sal e o Governo vão trazer para as pessoas desta ilha. Nós queremos que cada um construa as suas casas. Porque, se vamos ter mais dez mil habitantes, vamos precisar de mais de três mil casas aqui no Sal”, indicou.
Referindo-se que o déficit habitacional, neste momento, é de 1600 casas, mas com as casas em construção e com o programa de loteamento de terrenos, conforme analisou, vão permitir colmatar este deficit.
Segundo Júlio Lopes, a câmara municipal já delineou mais de mil lotes de terrenos, nomeadamente na zona de Chã de Matias, devendo, entretanto, no quadro desse novo plano habitacional, iniciar o loteamento também na zona de Fátima, mais um na zona de Chã de Matias Norte, Alto Santa Cruz, e Fonte Riba.
Para o autarca, é “inaceitável”, do ponto de vista ético, que mais de 60 famílias, nesta ilha, vivam ainda em casas de lata, precisando que neste momento estão em construção setecentas casas na zona de Alto Santa Cruz para corrigir esse problema.
“Uma nova centralidade para podermos dar espaço para que as pessoas, os jovens, possam construir as suas casas, permitir que cada família more com dignidade”, sublinhou.
“As casas no Sal estão muito caras… não pode ser. Felizmente já temos a solução para debelar o problema. Agora os jovens têm que se preparar para cada um construir a sua casa, e beneficiar do programa de apoio da autoconstrução”, despertou.
Júlio Lopes concluiu, informando que já a partir deste mês a câmara vai iniciar o processo de distribuição de lotes na zona de Fátima para as pessoas que trabalham ligadas ao turismo, aos hotéis.