Santa Maria, 01Nov (Inforpress) – O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, presidiu esta quarta-feira à inauguração das obras de ampliação do Sistema de Saneamento das Águas Residuais de Santa Maria, no Sal, devendo servir uma população residente de 8 mil pessoas e 14 mil turistas.
Estas obras na ETAR de Santa Maria, resultam-se num investimento de mais de 400 milhões de euros, promovidas mediante parceria público/privada junto do Governo, a Câmara Municipal do Sal e a empresa concessionária do serviço de saneamento na ilha, a APP Ambiente.
As construções na ETAR de Santa Maria permitiram uma ampliação da sua capacidade em 50 por cento (%), passando assim, de um caudal de entrada máximo de 2.500 m3/dia, para 3.750 m3 /dia, tendo para o efeito, sido construída uma nova linha de tratamento biológico, de 1.250 m3/dia.
O projecto de ampliação contemplou ainda a extensão da rede de esgotos com uma nova estação de elevação na zona hoteleira de Ponta Sinó e a correspondente linha de impulsão de 5 Km de longitude, cujo equipamento foi dotado de um sistema de separação de sólidos, gorduras e areias.
A ETAR de Santa Maria conta, ainda, com um posto de recarga de viaturas eléctricas.
Na sua intervenção, Ulisses Correia e Silva disse que é com satisfação que testemunha o evento, de facto “marcante” nesta fase de expansão, considerando “exemplar” a parceria entre a APP e o Governo, visando o desenvolvimento sustentável do País.
“Este tipo de investimento mostra-nos que, de facto, há soluções. Podemos transformar esta realidade agreste em espaços verdes. Esta água, bem utilizada, com bom planeamento de espaços verdes, podemos, de facto, alterar o quadro da ilha, que é importantíssimo”, salientou Correia e Silva, reiterando que o Governo está “muito satisfeito” com a intervenção da APP em Cabo Verde.
Por sua vez, o presidente do conselho de administração da empresa Águas de Ponta Preta (APP), Norberto Larriba, sublinhou que esta infraestrutura é um “exemplo claro” de como os desafios podem ser superados.
“O desenvolvimento e a ampliação desta infraestrutura são um claro exemplo do que os cabo-verdianos definem como um ‘djunta mo’ (juntar as mãos). Agora que o terminamos, podemos dizer que é um projecto bem-sucedido. Mas, realmente, o sucesso foi baseado no caminho”, frisou.
Manifestando, igualmente contentamento por mais uma obra desta envergadura, na ilha do Sal, o presidente da câmara municipal, Júlio Lopes, compreende que se está a “aproximar muito” do objectivo traçado de atingir 50% de energia renovável.
“Estamos todos de parabéns por estarmos hoje a inaugurar mais uma etapa neste processo de sustentabilidade. Pelos cálculos que fiz, no Sal estamos bem em matéria de energias renováveis, com esta intervenção vamos alcançar os 40% de energias renováveis, o que, de facto, é uma grande obra. Esse é o caminho”, concluiu o autarca.