Luanda, 17 de Março (ANGOP) – O Governo do Japão disponibilizou um milhão de dólares americanos a agências das Nações Unidas, com o objectivo de apoiar populações carenciadas em Angola.
Segundo uma nota chegada à ANGOP, este financiamento reforça o compromisso do Japão em contribuir para a melhoria das condições de vida das famílias em Angola e para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento integral de cada criança, particularmente àquelas que vivem em situações que aumentam a sua vulnerabilidade.
O apoio do governo japonês, lê-se na nota, engloba um pacote de actividades que visam gerar evidências sobre a prevalência de deficiências de micronutrientes e promover questões de saúde mental.
Objectiva também garantir que os refugiados da região de Kasai, República Democrática do Congo (RDC), acomodados no assentamento de Lóvua e que vivem no Dundo, província da Lunda Norte (Angola), possam dispor de condições básicas de alimentação e nutrição, usufruindo da distribuição de alimentos e informações relevantes sobre nutrição, saúde e higiene.
O embaixador do Japão em Angola, Maruhashi Jiro, disse que em tempos da pandemia é crucial apoiar as comunidades vulneráveis, tais como refugiados, uma vez que a sua nutrição e segurança alimentar podem ser afectadas negativamente pelas consequências sociais e económicas da Covid-19.
A contribuição do Japão permitirá ao Programa Alimentar Mundial (PAM) apoiar sete mil refugiados durante dois meses,
A representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Djamila Cabral, afirmou que a pandemia teve um impacto considerável na provisão de cuidados de saúde e afectou de forma indirecta o estado nutricional e a saúde mental das populações vulneráveis.
Com o apoio do Governo do Japão, prosseguiu, a OMS vai, a nível nacional, reforçar a assistência aos programas de saúde mental e nutrição, bem como apoiar a adaptação de normas e protocolos para a prevenção e tratamento da desnutrição e suas consequências na saúde, com prioridade para as populações em situações de vulnerabilidade.
Uma parte do apoio do Japão será destinada às acções no domínio de água e saneamento, produção de materiais de comunicação de risco e engajamento comunitário para escolas, bem como acesso aos serviços de nutrição a pelo menos 10 mil crianças menores de cinco anos, para a prevenção e gestão da desnutrição aguda.
Por sua vez, o representante da UNICEF em Angola, Ivan Yerovi, assegurou que continuará a trabalhar para prevenir a desnutrição, especialmente em famílias com bebés e crianças, abordar a questão da violência de género, tornar as escolas seguras para as crianças e serviços de saúde acessíveis, a fim de garantir que os petizes possam crescer e desenvolver num ambiente saudável.