Bissau, 06 Jan 22 (ANG) – O Líder do partido União para Mudança(UM), Agnelo Regala prometeu hoje empenhar-se mais para a instauração da verdade, justiça e a reconciliação entre os guineenses, no quadro de um verdadeiro Estado de Direito Democrático.
Regala fez a promessa em declarações aos jornalistas, após os habituais comprimentos do ano novo à Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular, Adja Satu Camará.
O presidente da UM disse que já é hora de se respeitar a Constituição da Republica e as leis, dando corpo à tão propalada vontade de diálogo e entendimento, que possa conduzir o país à estabilidade e permitir que todos juntos se faça face ao que diz ser »dramática » crise económica e social”, que assola o país, com graves implicações na vida da população, em particular das camadas mais vulneráveis da sociedade guineense.
O diálogo que o lider da União para Mudança defende, segundo o próprio, terá que marcar o fim do que este deputado chama de “deriva absolutistas e da arrogância no exercício do poder” e assentar-se no respeito recíproco, no relacionamento entre as instituições da soberania, e ainda destas com as instituições da sociedade civil, sindicatos e entidades religiosas, que Agnelo Regala diz terem desempenhado um papel meritório e reconhecido na busca de soluções para os problemas que o país vive.
Para o líder da Bancada parlamentar da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático Guineense (APU-PDGB), Marciano Indi, o país vai de “mal à pior”, com problemas sérios no sector da saúde, educação, justiça e comércio, com maior enfoque na subida galopante dos preços dos produtos da primeira necessidade, e ainda com perseguições políticas e a insegurança.
Perante este quadro, Marciano Indi disse que não há mais tempo para cometer erros e se desperdiçar de capacidades de trabalho que representa os milhares de jovens quadros desempregados.
Por isso, Indi assegurou que é necessario que, no presente ano, a casa do povo seja implacável no cumprimento dos seus deveres constitucionais.
Dirigindo- se ao Presidente da Republica, Marciano Indi disse esperar que seja uma figura que respeite os princípios constitucionais, evitando as confrontações com titulares de outros órgãos da soberania e que respeite ainda a separação de poderes em conformidade com a Constituição.
O líder da bancada da APU-PDGB pediu ao executivo para ser flexivel e que se senta a mesa com a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau para encontrarem soluções para os problemas alvos de reivindicações, sobretudo as do sector da saude e educação.
O vice-líder da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS) Alberto Djata defendeu que o povo que representa no hemiciclo anseia, desde há muito, pela estabilidade, justiça e pelo desenvolvimento, razão pela qual todos os deputados devem se mobilizar e destinar as suas energias para a construção de um clima favorável para o bem estar do povo.
“É imperativo que nos envolvemos num processo que visa promover a consolidação das instituições da Republica, a partir de mecanismo de diálogo e colaboração, sem prejuízo de cada orgão da soberania limitar a sua acção às competências que a Constituição lhe reserva”, disse.
Alberto Djata afirmou que nenhuma sociedade se desenvolvida sem educação e saúde, por isso o grupo parlamentar do PRS apela as partes a usarem os mecanismos de diálogo sério, franco, o mais rapido possivel, para trazer, ainda este ano, uma solução definitiva para as principais exigências destacadas nos diferentes cadernos reivindicativos dos sindicatos, instaurando assim a paz social.
O representante do Partido Nova Democracia (PND), Mama Samba Embaló fez votos que 2022 seja um ano produtivo para a ANP, com acções que contribuam para o reforço dos interesses dos cidadãos, asim como para o fortalecimento e consolidação da Democracia na Guiné-Bissau.
Samba Embaló disse acreditar que a ANP vai ser a primeira instituição do Estado guineense a garantir a estabilidade, com base num funcionamento eficaz.
