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Líder do PUN critica que aparelho de Estado se tornou refém de partidos políticos


  2 Juin      37        Politique (25363),

 

Bissau 02 Jun 21 (ANG) – O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN),afirmou hoje que as causas das sucessivas convulsões sociais e políticas no país têm a ver com lutas dos partidos políticos para “fazer o Estado seu refém”.

Idriça Djaló que proferiu estas declarações numa conferência de imprensa na qual falou sobre a actual situação política do país, referiu que, nas duas últimas semanas, o país entrou, mais uma vez, em graves, convulsões políticas e sociais, o que segundo ele não era de estranhar.

“Há muitos anos que o PUN estava a chamar a atenção dos actores políticos sobre a incapacidade do sistema que vigora no país para responder as espectativas do povo guineense”, disse.

Djaló afirmou estar convicto de que este sistema de governação e arranjos políticos partidários não vai estar nunca à altura de responder aos desafios existentes, uma vez que deste a entrada da democracia em 1994 vive-se de crise em crise, e que o mais extraordinário é a recusa da classe politica em colocar verdadeiros problemas para a busca de uma solução.

Segundo ele, o sistema político em vigor no país está dividido  em três blocos a saber, o primeiro é formado pelo partido-Estado, o segundo é o partido-politico-militar e o terceiro eixo é a corrupção.

 “Mais uma vez estas desavenças que iniciaram vai dar razão ao Partido da Unidade Nacional e se não forem tomadas medidas adequadas, vai colocar o país numa situação grave”, considerou.

O líder do PUN salientou que apesar do regime vigente no país é semipresidencial com separação de poderes entre o Presidente da República e o Governo, que é a emanação dos partidos de acordo com os resultados obtidos nas urnas,  já está a tornar uma tradição de que cada vez que o país sair de eleições presidenciais, partidos e grupos que apoiaram o vencedor do escrutínio criam maiorias na Assembleia Nacional Popular, em função dos seus interesses sem nenhum projecto politico.

 “E estes depois da divisão das pastas governativas subentendem que são donos das instituições fazendo o que bem entenderem, colocando quem quiserem na Função Pública, sem respeiro das regras, fazendo explodir a massa salarial que nenhum Governo pode aguentar”, criticou.

Idriça Djaló disse que os partidos consideram-se mais fortes  que o Estado, dando ordem a administração do Estado, e diz que ainda se isso acontece é legítimo que os dirigentes e quadros dos partidos que fazem parte do Governo pensarem que têm direito de tomar conta dos ministérios e empresas públicas.

“Esta tradição acaba por destruiu a administração pública nacional que devia estar ao serviço do interesse nacional”, disse.

Para Djaló tudo desmoronou na justiça que quase não faz o seu trabalho porque a politica atingiu todos os sectores da vida do país.

Disse que a solução é recorrer-se ao que chama de  “Estados Gerais” ou seja ouvir o povo sobre o modelo que quer para alavancar o país.

“Nesse sentido cada um dá a sua visão. O agricultor, pescador, mecânico, comerciantes e outros vão mostrar um modelo que preferem para administrar o país, uma vez que a ANP não é entidade indicada para fazer a revisão da Constituição”, disse.

Para o politico, uma eventual  queda do parlamento neste momento só iria, uma vez mais, adiar os problemas, uma vez que já ficou clara que as eleições antecipadas não resolver
os problemas essenciais do país, mas que só os adiam.

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