Bissau, 10 Nov 22 (ANG) – O Secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES) pediu ao governo a subvenção de produtos de primeira necessidade.
Bambo Sanhá fez este pedido em declarações à imprensa,esta quinta-feira, após um encontro com o Procurador-geral da República sobre uma denúncia feita pela sua organização sobre o prazo de validade de arroz de marca “Tulip” da empresa Nafa.
Sanhá disse que desde o início da pandemia de Covid-19(2020) a sua organização tem pedido sempre a intervenção do governo no sentido de subvencionar produtos de primeira necessidade.
“O preço à que são vendidos hoje os produtos da primeira necessidade no mercado nacional está fora de poder de compra do consumidor guineense”, disse Bambo, defendendo que é imperativo que o governo subvencione esses produtos .
Sanhá afirmou que o número de cidadãos que, atualmente, dormem com fome se duplicou , e diz que o Povo guineense não pode aguentar mais, sob pena de o governo comprar a instabilidade social, que segundo diz, não tem preço, porque um “Povo com fome é um Povo revoltado”.
De acordo com Sanhá, se o governo não intervir, a sua organização vai mobilizar os consumidores para juntos se deslocarem ao Palácio da República, a fim de pedir a intervenção do Presidente da República, enquanto Chefe deste governo de sua iniciativa.
Aquele responsável disse que receberam do Procurador Geral da República informações segundo as quais já foram detidas três pessoas alegadamente envolvidas no caso de três mil milhões de francos CFA desaparecidos na Direção Geral das Contribuições e Impostos e que ainda vão ser detidas outras pessoas, porque está em causa 11 mil milhões de francos CFA.
“Aquelas pessoas têm o sistema de Contribuições de Impostos nos seus telemóveis, das 1H00 até 4h00 da madrugada apagam do sistema os valores das pessoas que foram pagar os seus impostos naquele serviço. E esse dinheiro fica para eles”, revelou Bambo Sanhá.
Disse que a população guineense não pode ser sacrificada nos produtos da primeira necessidade para pagar salário a um grupo de pessoas que usa o dinheiro de Estado do seu jeito, sem o mesmo Estado ter condições para controlar o seu dinheiro.
“ O Estado está a perder muito dinheiro por cumplicidade de agentes de Estado. As pessoas fazem importações e declaram menos e a outra parte do dinheiro vai para o bolso de certas pessoas”, disse Sanhã