Cidade da Praia, 22 Set (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, considerou hoje que é um “sinal importante” e “muito gratificante” ver as crianças associadas ao combate às alterações climáticas.
“É muito gratificante ver as crianças associadas ao combate das alterações climáticas, e isso é um sinal muito importante”, disse o ministro.
Esta acção, que decorre sob o tema “Acção Climática Agora” em todas as escolas do País no âmbito da semana cívica, vai continuar durante todo o ano lectivo tanto, no ensino primário como no secundário, com desenvolvimento de actividades que têm a ver com o aumento do conhecimento da literacia climática”, disse Gilberto Silva que falava no encerramento da semana cívica que culminou com uma marcha dos alunos envolvendo todas as escolas primárias de Achada Santo António, na Cidade da Praia.
O governante referiu ainda que esta acção é fundamental, para ajudar o País a construir uma sociedade que é sensível a essa questão e que participa na concepção e realização de tudo aquilo que serve para o combate às alterações climáticas, ou seja, que não permite que o planeta aqueça ainda mais colocando em causa a adaptação das consequências das mudanças climáticas.
Conforme avançou, esta acção vai ser também descentralizada a nível de toda a sociedade civil, das organizações, das instituições públicas e, sobretudo, pela classe política, no sentido de ter uma comunicação para melhor governança na questão da acção climática.
“Com a melhor comunicação a nível da classe política vai ajudar-nos na execução de todas as acções, mas também permite elevar cada vez mais o nosso conhecimento e literacia nesse universo”, frisou Gilberto Silva.
Por outro lado, ao ser instado pela imprensa sobre as declarações do secretário-geral das Nações Unidas, na Conferência da ONU, de que é preciso acelerar o passo para atingir os ODS da acção climática, o ministro defendeu também que são necessárias acções, sobretudo dos grandes países que poluem mais com a emissão em termos de gases de efeitos de estufa, para que estes reduzam essas emissões mudando a abordagem.
“A mudança de abordagem na questão de não se intrometer nos seus planos e estratégias de transição energética”, mas a utilização de tecnologias a nível de carvão, gases e outros combustíveis fósseis que contribuem para o aquecimento global, deveriam apostar cada vez mais nas energias renováveis para “baixar as emissões”.
Neste aspecto, recomendou que isso é um compromisso de todos os países, referindo que os países que têm mais aquecimento global têm de contribuir mais para que esses objectivos sejam cumpridos.
A nível de Cabo Verde afirmou que a contribuição para o aquecimento é “quase insignificante”, em comparação com outros países, por isso, o desenvolvimento frequente das actividades a nível da acção climática no País, é no sentido da redução destas emissões, para que este País seja o exemplo na execução dessas políticas, apostando nas medidas que ajudam na adaptação às consequências das mudanças climáticas.
Por seu lado, o director nacional da educação, Adriano Moreno, faz um balanço extremamente positivo porque conseguiram cumprir “tudo aquilo” que estava estabelecido no programa desta acçãodesenvolvida em todas as ilhas.
“É uma satisfação ter crianças de tão tenra idade a poderem discutir o assunto e encararem a acção climática como algo que é real e que afecta as suas vidas e, por isso, estarem mais conscientes para protegerem o meio ambiente”, afirmou.
Adiantou que esta acção cívica, a nível desta temática, vai continuar nas escolas de uma forma transversal sensibilizando os alunos para que possam, também, sensibilizar as pessoas nas suas próprias comunidades, porque, conforme disse, é uma das preocupações dos organismos internacionais 2023/2024, a nível do ambiente.
Já o aluno da escola básica da Nova Assembleia, Santiago Silva, pediu às pessoas para não poluirem, para plantarem mais árvores e para colocarem os lixos sempre nos sacos, contentores, e não no chão, como forma de proteger o planeta do aquecimento global.