Cidade da Praia, 10 Abr (Inforpress) – A médica neurologista do Hospital Agostinho Neto, na Praia, Antónia Fortes, alertou sexta-feira que a partir dos 60 anos o risco para contrair doença de Parkinson é de 1%, porém nos 80 anos esse número “pode triplicar”.
Estas declarações foram feitas hoje pela médica neurologista, à margem de uma conferência intitulada “Doenças do Movimento em Cabo Verde”, no âmbito do Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, que se celebra no dia 11 de Abril.
Conforme explicou, Parkinson é uma doença degenerativa, que envolve tremores em repouso, cujos doentes começam a diminuir os seus movimentos e pode haver desequilíbrio e queda do indivíduo.
“De acordo com os estudos que o serviço da neurologia de Cabo Verde tem feito através do levantamento de alguns processos clínicos, temos 77 pacientes, sendo que 67 deles tinham doenças de Parkinson, dois com paralisia supranuclear progressiva e cinco com correia”, informou.
Antónia Fortes explicou que as doenças de movimentos são distúrbios neurológicos que envolvem os movimentos e nesse grupo de doença tem o Parkinson, a paralisia supranuclear múltipla, atrofia multissistêmica, coreia e o hemibalismo.
Segundo a mesma fonte, em Cabo Verde não existe ainda uma associação para sensibilizar a população sobre esse dia, mas, contudo, o evento foi feito para dar início a esta causa e no futuro ter mais atenção com esta patologia.
A responsável realçou que para prevenir desta doença, as pessoas devem viver uma vida saudável, com uma boa alimentação, praticar exercícios físicos, evitar qualquer tipo de drogas, entre outros.
Antónia Fortes finalizou, considerando que os doentes de Parkinson não vão ter um agravamento caso contraírem a covid-19, mas afirmou que com os efeitos do isolamento devido ao contágio da pandemia, implica uma piora de movimento porque não irão fazer fisioterapia durante determinado tempo.