Bissau,21 Set 21 (ANG) – O líder do partido Congresso Nacional Africano (CNA) pede ao chefe de Estado guineense a demissão ou remodelação profunda do actual governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, devido a sua incapacidade evidenciada na resolução dos problemas sociais.
O pedido foi tornado público hoje em conferência de imprensa realizada pelo presidente dessa formação política Ibraima Djaló sobre actualidade politica do país.
“No meu entender existe muita défice e falhas em termos de governação, a começar pelo decreto que determinou o recolher obrigatório e cerco regional e encerramentos dos mercados às 14 horas, por causa do aumento de casos de mortes e infecção por covid-19”, criticou.
Disse que antes da tomada dessa medida, o governo deveria fazer uma comunicação, avisando ao povo sobre essa situação para evitar os prejuízos incalculáveis aos comerciantes e às mulheres que se dedicam as actividades económicas..
O líder da CNA acusa o governo de empobrecer, cada vez mais, o povo guineense e a destruir o sector privado.
Acrescentou que o actual executivo não contribuiu, em nada, para o bem do povo, porque, diz, desde o início das funções não consegue uma estabilidade social, “porque os sectores da educação e da saúde ou seja os establecimentos do ensino público e sanitários não chegaram de funcionar à 100 por cento, por causa das sucessivas greves convocadas pelos respectivos sindicatos”.
De acordo com Ibraima Djaló, ainda hoje os técnicos da saúde boicotam serviços no maior centro hospitalar do país, e o primeiro-ministro está de férias em Portugal “sem se preocupar com o que está a passar no país”.
“Daí que peço ao Presidente da Republica para demitir ou proceder a uma remodelação profunda do governo, porque o actual executivo não tem condições para continuar a frente do país”, sustenta Djaló.
O Presidente do Congresso Nacional Africano promete, caso o seu pedido não for atendido, convocar uma marcha de protesto para exigir a demissão do actual executivo.
Em relação as infraestruturas rodoviárias reabilitadas pelo governo, o líder do CNA considera de um atentado à nação, o trabalho feito, devido a degração dos mesmos após alguns meses da requalificação.
Confirmou ter apoiado inicialmente a formação desse governo, mas diz que agora não concordar com actual sistema de governção do país.
Criticou a venda de máscaras de proteção facial da Covid-19, oferecidos pelos parceiros internacionais no quadro de combate à essa pandemia e pede mudança de comportamento.
Instado a dizer se está disposto a fazer parte de um novo governo, no quadro da eventual remodelação por ele solicitado, disse que não aceita participar na governação do país agora.
O Congresso Nacional Africano faz parte dos 18 partidos politicos sem assento parlamentar que apoiaram inicialmente a formação do actual executivo líderado por Nuno Gomes Nabiam.