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Politica/Coligação PAI/Terra Ranka acusa governo de ser “incapaz” de resolver problemas sociais


  25 Avril      42        Politique (26519),

 

Bissau,25 abr 24 (ANG) – A Coligação Plataforma  Aliança Inclusiva (PAI/ Terra Ranka),que congrega cinco partidos politicos, na voz do seu porta-voz, Muniro Conté acusou hoje o governo liderado por Rui Duarte de Barros de falta de  capacidade para resolver os problemas básicos da população.

A acusação da Coligação PAI Terra Ranka foi feita em conferência de imprensa realizada  na sede do PAIGC em reação  a decisão do Governo de aumentar o preço de  arroz, alegando incapacidade financeira para subvencionar a sua compra.

O Governo decidiu em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada na passada sexta-feira, fixar em 21.500 francos CFA, um saco de 50kg de arroz tipo “nhelém” 100% partido, e o da qualidade 5% partido(grosso), passa a custar 24.000 francos. A decisão governamental foi tomada após o Executivo decidir suspender a subvenção à importação de arroz, que tem permitido a venda do produto à preço mais baixo, alegando dificuldades financeiras.

O arroz do tipo “nhelém” 100% partido era vendido no valor de 17.500 por saco de 50kg e do tipo 5% partido(grosso), no valor de 22 000 francos CFA.

Muniro Conté considera de “insensata” a decisão do Executivo e acrescenta que ,para além de provocar indignação e revolta da generalidade da população, justifica a falta de compromisso com o povo, porque “o Governo de Inicitiva presidencial assaltou o poder, violando a vontade inequívoca dos guineenses expressa nas urnas”.

A subida do preço do arroz e consequente aumento de preços dos produtos da primeira necessidade, associada à previsível má campanha da castanha de Caju,segundo Conté, irá reduzir ainda mais o fraco poder de compra das familias e aumentar a fome e pobreza que já atingem uma boa parte da população guineense.

“Por isso, a Coligação responsabiliza o Presidente da Republica por todos os actos e todas as decisões tomadas pelo actual governo de “Iniciativa Presidencial”, disse.

A Coligação PAI/ Terra Ranka exige ao Ministério Público a abertura de inquéritos sobre  várias operações de pagamento feitas nos últimos meses pelo Ministério das Finanças, nomeadamente dos 400 milhões de fcfa à empresa ADC Comercial, SRL, supostamente para subvencionar o arroz importado, de 1.200 mil Euros à Companhia Sonnig Internacional Private Jet Limited destinado ao fretamento de avião para viagem do Presidente da República e dos 9 mil milhões de francos CFA entre outros.

A coligação voltou a solicitar a imediata e plena reabertura da Assembleia Nacional Popular e a reposição do governo da Plataforma Terra Ranka, que diz ser o único com legitimidade para governar, por ser emanado da vontade do povo guineense.

A coligação vencedora das legislativas antecipadas de Junho passado condenou o que diz ser  “gestão danoso do erário público e a corrupção desenfreada praticada pelo atual governo ilegítimo”, que, segundo PAI/ Terra ranka, apenas se interessa em servir-se, ignorando a pobreza e o sacrifício da maioria dos guineenses.

A PAI Terra Ranka manifestou a sua solidariedade para com o povo guineense nestes momentos dificeis e de sofrimento que atravessa e declara que renova  o seu compromisso de continuar a lutar para resgatar a sua dignidade e melhorar as  condições de vida da população.

Convida as forças vivas da nação a se juntarem a Coligação e aos demais partidos democráticos para lutar ,com meios legais e legítimos, à sua disposição contra a imposição, pela força, deste “regime antidemocratico” que viola todos os direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo os direitos civis, políticos, económicos e sociais.

Na  conferência de imprensa estiveram presentes  dirigentes de partidos que compõem a Plataforma PAI/ Terra Ranka,nomeadamente um dos  vice-presidente do PAIGC Califa Seidi, Lider do Partido Social Democrata (PSD) Samba Baldé, do Movimento Democrático Guineense (MDG) Silvestre Alves, da União Para a Mudança  (UM) Agnelo Augusto Regalla e o Secretário-geral do Partido de Convergência Democrática (PCD) Ussumane Nhanga.

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