Bissau,21 Abr 21(ANG) – Dois membros co-fundadores do Partido da Renovação Social(PRS), Mário Pires e Ibraima Sori Djaló, acusaram o líder daquela formação política Alberto Nambeia e do PAIGC Domingos Simões Pereira de terem realizado encontro secreto com alguns militares, na povoação de Patche Yalá, no sector de Bula, norte do país.
Em conferência de imprensa realizada terça-feira, Mário Pires afirmou que o referido comportamento vai contra as normas estatutárias do PRS.
“Apelamos o respeito escrupuloso pelos estatutos do Partido da Renovação Social em todas as suas formas e funcionalidades, evitando quaisquer reuniões fora das estruturas, como aconteceu com a dita reunião recentemente ocorrida na povoação de Patche Yalá e cujo impacto tem atingido gravemente a imagem e o bom nome do PRS”, disse Mário Pires.
Aquele ex. membro fundador do PRS apelou ao actual líder do partido, Alberto Nambeia no sentido de vir ao público esclarecer o ocorrido.
Por sua vez, Ibraima Sori Djaló disse que, o líder dos renovadores Alberto Nambeia deve explicar os motivos da reunião realizada em Patche Yalá com os militares.
Acrescentou que, de certeza, os militares que tomaram parte na referida reunião não souberam do objectivo do encontro, frisando que, depois de serem informados do teor da reunião, um deles insurgiu-se contra a iniciativa tendo exortado aos dois políticos para irem concertar posições na Assembleia Nacional Popular, porque eles não querem mais problemas para o país.
Ibraima Sori Djaló acusou sem citar nomes que as pessoas têm o vício do poder e de roubar dinheiro público, e diz que que essa postura vai contra os princípios do líder fundador do PRS, Kumba Yalá.
“Nós é que fundamos o PRS e nós é que podemos contar a história dessa formação política. O actual líder do PRS afirmou em várias ocasiões que se deve entregar o partido aos jovens, mas agora está a mobilizar as pessoas para lhe apoiar no próximo congresso”, vincou.
Sory Djaló referiu-se ao líder
do PAIGC, Domingos Simões Pereira e Alberto Nambeia, dizendo que, se os dois não querem reconhecer o actual chefe de estado, Umaro Sissoco Embaló, o PRS não vai entrar em nenhum problema.