Bissau,05 Out.22(ANG) – O antigo Presidente Interino da República, Raimundo Pereira, defendeu que a solução para o diferendo judicial que opõe a direção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o militante Bolom Conté deve ser política e não judicial.
Pereira defendeu esta posição na terça-feira, em declarações aos jornalistas depois da entrega de uma carta ao presidente da Comissão organizadora do X congresso do PAIGC, na qual pediu esclarecimentos sobre as razões que dificultam a realização do evento e alertou o partido no concernente ao prazo dado pelo Supremo Tribunal de Justiça para legalizar os órgãos.
Na ocasião, tendo assegurou que o PAIGC é um partido maduro e capaz de resolver os seus problemas internos, por isso não deve ficar à espera de uma decisão do tribunal.
O pretendente candidato à liderança dos libertadores lembrou que tinha deixado a política ativa, mas depois de uma análise com dirigentes daquela formação política decidiu voltar à política ativa, prometendo colocar toda a sua experiência política à disposição do Partido.
“A carta relata a minha inquietação face aos acontecimentos relativamente à realização do congresso. Não se sente a preparação do Congresso como antes se sentia em todo o país. Sentimos falta da promoção do diálogo para ultrapassar os impasses que obstaculizam a realização do congresso” disse, para de seguida, afirmar que unidos não há nenhuma força externa que consegue desestabilizar o partido.
Adiantou que, o PAIGC é o maior partido da Guiné-Bissau e é incontornável no cenário político nacional.
Aos militantes do PAIGC, o ex-chefe de Estado pediu para que não tenham medo do próximo embate político marcado para dezembro deste ano.
“Para nós, a realização do Congresso é o momento de reafirmarmos a nossa política democrática interna, para no final mobilizarmo-nos à volta do vencedor” referiu.
Pereira disse acreditar que o partido conseguirá realizar o seu Congresso e participar nos próximos escrutínios eleitorais