Bissau, 13 Nov 24 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) considera de “infelizes” as declarações do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas(CEMGFA), Biaguê Na Ntam.
Numa mensagem publicada na sua página no facebook, Bubacar Turé disse que para além de serem absolutamente inaceitáveis, essas declarações são próprias de um chefe militar que perdeu a noção da missão constitucional reservada às Forças Armadas.
Em conferência de imprensa realizada terça-feira, o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas disse que não vai permitir que as comemorações de 16 de novembro, o Dia das das FARP, Forças Revolucionárias do Povo, sejam perturbadas por quem quer que seja.
O Presidente da LGDH, qualificou de encomendadas as declarações de Biaguê Na Ntam, com a finalidade de intimidar os cidadãos que pretendem apenas exercer um direito com dignidade constitucional.
Disse que, o General Biaguê anuncia prontidão das Forças Armadas para o combate como se o país estivesse à beira de um conflito armado.
Bubacar Turé acusou Biaguê Na N´tam de ser o principal cúmplice dos assaltos criminosos verificados no país nos últimos tempos, nomeadamente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e na Assembleia Nacional Popular (ANP), entre tantos.
“Recentemente, o General Biaguê Na N´tam ordenou de forma ilegal e abusiva as detenções de três Juízes Conselheiros do Tribunal Superior Militar, a mando do seu chefe”, refere a LGDH.
“Estas declarações infelizes, para além de serem absolutamente inaceitáveis, são próprias de um chefe militar que perdeu a noção da missão constitucional reservada às forças armadas”, lê-se na pagina do facebook.
Na referida página, o Presidente da LGDH revela que Biaguê Na N´tam escondia atrás da cortina para escamotear a sua participação nas conspirações contra a democracia e o Estado de direito na Guiné-Bissau e que acabou voluntariamente por “levantar o véu” e deixar as pessoas perceberem o quanto está envolvido nos assuntos criminosos do país.
“O General Biaguê Na Ntam decidiu hoje declarar a guerra ao povo guineense.
Sendo corresponsável da destruição da democracia na Guiné-Bissau, Ele é, doravante, um alvo da luta cívica para restauração destes valores”, refere Bubacar Turé.