Bissau,11 Set 24(ANG) – O Presidente da República anunciou hoje que não vai se recandidatar ao segundo mandato , alegando que não é do nível e qualidade dos atuais políticos guineenses.
“Há dias estava a falar com a minha mulher no avião e ela disse-me que não vou fazer o segundo mandato e perguntei-lhe dos motivos respondeu-me que não mereço todas as situações que estão a ser fabricadas contra a minha pessoa. Ontem, terça-feira, confirmei-lhe de que não ia candidatar para o meu segundo mandato”, revelou Umaro Sissoco Embaló, em declarações à imprensa, à saída da reunião do Conselho de Ministros.
O Presidente da República disse que esta sua posição é oficial.
Umaro Sissoco Embaló disse entretanto que não será substituído na cadeira presidencial, nem por Domingos Simões Pereira, nem por Braima Camará ou Nuno Gomes Nabiam, mas sim, por uma outra pessoa.
“Digo isso, porque a Guiné-Bissau merece ser dirigida por pessoas melhor preparadas de que nós os atuais dirigentes políticos”, sublinhou.
Abordado sobre a situação da aeronave apreendida com cerca de três toneladas de drogas, no passado dia 07 do corrente mês, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau, o Presidente da República respondeu que gostava que a imprensa lhe perguntasse sobre a sua recente visita à China, Vietnam e Emirados Árabes Unidos.
“Isso para mim é o mais importante do que estes teatros de apreensão de drogas”, sublinhou.
O Presidente da República disse contudo que não vai responder à nenhuma acusação de ser traficante de drogas, tanto de Nuno Nabiam, Braima Camará ou de Domingos Simões Pereira.
Após a apreensão de um jato com drogas no aeroporto internacional de Bissau,na semana passada, organizações da sociedade civil e partidos políticos criticaram o atual regime e alguns solicitaram investigações para responsabilização criminal dos implicados.
As eleições presidenciais anda não não têm data de realização mas as legislativas já foram marcadas para 24 de Novembro deste ano.
Umaro Sissoco Embaló foi investido no cargo de Presidente da República a 27 de Fevereiro de 2020, após uma renhida segunda volta das eleições presidenciais disputada com Domingos Simões Pereira, candidato apoiado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde