Porto Novo, 03 Mai (Inforpress) – Os criadores e gado no concelho do Porto Novo, Santo Antão, continuam a enfrentar dificuldades para vender o queijo que produzem, devido à pandemia do novo coronavírus, que paralisou o turismo, segundo o representante da classe.
O representante da Associação dos Criadores de Gado do Porto Novo, Romeu Rodrigues, explica que, com a paralisação do turismo em Santo Antão, a venda do queijo “baixou drasticamente”, já que estabelecimentos turísticos, que continuam, praticamente, fechados, deixaram de comprar este produto.
“O nosso queijo era adquirido, sobretudo, pelos restaurantes, residenciais e outras unidades turísticas que estão, praticamente, fechados. Sem o turismo, o nosso mercado fica limitado à entrada do porto do Porto Novo”, avançou Romeu Rodrigues.
Os criadores de gado têm aproveitado a movimentação de pessoas à volta do porto para tentar vender o queijo, segundo o responsável, considerando que a venda tem sido “muito fraca”.
Porto Novo é conhecido pelo queijo de leite de cabra que produz, tanto fresco como curado, actividade que abarca cerca de 500 criadores, detentores de um efectivo pecuário estimado em 27 mil cabeças de gado, na sua grande maioria cabras.
No caso do queijo curado, que se produz no Planalto Norte, tem-se optado por armazenar o produto “à espera de melhores dias”, segundo o produtor, António Lima, que explica que a queda do turismo acabou por limitar, sobremaneira, o mercado para este produto, que, até 2019, era muito consumido pelos turistas, sobretudo franceses.
O “grande mercado” do queijo curado foi sempre os restaurantes, que, com a paralisação do turismo em Santo Antão, deixaram de adquirir este queijo”, adianta.
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