Cidade da Praia, 08 Abr (Inforpress) – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, apelou hoje ao cumprimento rigoroso de todos os procedimentos recomendados pelas autoridades, especialmente, neste período eleitoral.
Jorge Carlos Fonseca pediu, igualmente, aos responsáveis para terem na devida conta as determinantes sociais da saúde no enfrentamento da epidemia e dos demais problemas de saúde no País.
Numa mensagem alusiva ao Dia Mundial da Saúde que se celebra hoje sob o lema “construir um mundo mais justo e saudável”, o Chefe de Estado disse que com este lema, proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a organização assume propostas que não são “inéditas” mas que a pandemia, com o seu cortejo de sofrimento e dor, veio evidenciar com sofrida “veemência”.
Para o mais alto magistrado da Nação cabo-verdiana, não é “possível” ter um mundo saudável se a justiça, nas suas diversas dimensões, não for um dos seus “apanágios”.
“Todos temos verificados que a pandemia, nas vertentes sanitária, económica e social, não tem atingido os países e as comunidades de forma igual”, comentou sublinhando que, mesmo quando países mais ricos são atingidos de forma “mais acentuada” em termos sanitários, a sua capacidade de reacção a esse nível e nas esferas económica e social é “incomparavelmente maior” do que a de países menos desenvolvidos.
“Disparidades idênticas também se notam entre as diferentes camadas sociais” asseverou Fonseca.
O Presidente da República observou ainda que as comunidades mais “vulneráveis” estão mais expostas à doença, têm menor acesso aos serviços de saúde e sofrem mais com as medidas adoptadas para controlar a epidemia.
Segundo o Chefe de Estado, pandemia veio evidenciar, com “dolorosa” eloquência, que as determinantes sociais, como o emprego, a habitação, a educação, a protecção social e o acesso aos cuidados de saúde de qualidade, integram um conjunto de factores que condicionam, “poderosamente”, a saúde das pessoas e comunidades.
Segundo o Presidente da República, com o lema deste ano, a OMS “alerta” que sem justiça, “especialmente” a social, não há saúde para todos, nem cobertura universal de saúde.
“Solidarizo-me com os familiares dos cabo-verdianos que, no país e no estrangeiro, perderam a vida devido à doença, e desejo aos que foram acometidos pela covid-19 pronto restabelecimento e abraço caloroso e afectuosamente os profissionais da saúde que, desde a primeira hora, com risco para a sua saúde e para a das suas famílias, tudo têm feito para assegurar um bom combate à doença”, concluiu.
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