Cidade da Praia, 30 Dez (Inforpress) – Os agentes prisionais em estágio probatório partiram hoje para uma manifestação pacífica exigindo compromissos assumidos pelo Governo, que se prendem, sobretudo, com o pagamento dos retroactivos e nomeação definitiva.
A manifestação foi promovida pelo Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa) que os representa e aconteceu nesta manhã nas proximidades do Ministério da Justiça.
Em causa, segundo o presidente do Siacsa, Gilberto Lima, estão “injúrias, promessas, encontros, desencontros e também desleixo” por parte do Ministério da Justiça perante dívidas que tem por pagar aos agentes durante os estágios probatórios.
“Os 99 agentes prisionais, a nível nacional, encontram-se há um ano e tal na situação de formação, o que receberam foi o salário de 80% e agora exigem o pagamento dos retroactivos de Janeiro a Outubro”, explicou.
O valor da dívida é de cerca de 58 milhões de escudos e segundo o sindicalista o Ministério da Justiça comprometeu-se em resolver o problema e até hoje ainda nada.
“Mas reclamam também que saiu uma adesão voluntária em que a maioria esmagadora destes trabalhadores a nível das outras ilhas, Santo Antão, São Vicente, Sal, Fogo e Praia apenas 17 pessoas assinaram a tal adenda”, frisou.
E, com isto, esclareceu, ficaram automaticamente vinculados a permanecer na cadeia a trabalhar quase que a força, até a nomeação definitiva que ainda não saiu.
Caso não receberem os retroactivos, o Siacsa prometeu mais manifestações até que as coisas se resolvam, tendo acusado o Ministério da Justiça de falta de dignidade para com esta classe.
De referir que o Governo garantiu na semana passada, em comunicado, a transferência de mais de 58 mil contos para a satisfação dos compromissos com os agentes de segurança prisional na fase final do estágio probatório e dos subchefes de Nível I.
De acordo com o sindicato a última promessa é de que esta manhã o dinheiro estaria na conta destes profissionais e até agora nada.
Com isso, a imprensa contactou pessoalmente o Ministério da Justiça para uma reacção e não conseguimos porque informaram que os responsáveis estavam em reuniões.