Cidade da Praia, 14 Out (Inforpress) – O candidato às eleições presidenciais de 17 de Outubro Gilson Alves regressa hoje à sua “casa” São Vicente, mas leva nos ombros uma carga emocional “bastante pesada” de responsabilidade para fazer mais para a sua terra.
O candidato que, na campanha, saiu de São Vicente desde dia 06, fez uma ronda pelas ilhas, faltando somente Maio e Fogo, sempre em viagens de barco, que totalizaram cerca de 40 horas.
Hoje de manhã, regressa a Mindelo, já em voo da BestFly, a cidade de que disse ser a sua “casa”, onde cresceu, e onde se sente “mais à vontade”.
Mas, volta, asseverou, com uma carga emocional “bastante pesada” de uma responsabilidade, que lhe “aperta os ombros”.
“Nunca fui homem de fugir às minhas responsabilidades e era isso que eu queria, fazer esse tal périplo pelas ilhas de Cabo Verde para poder conhecer a minha terra bem melhor”, afiançou, admitindo já sentir o “amor”, que todos os cabo-verdianos sentem pelo seu País, mas que “ficou mais forte”.
Gilson Alves apontou o exemplo de Chã das Caldeiras, Fogo, e Cidade Velha, em Santiago, que visitou pela primeira vez nos últimos dois dias e que lhe mostraram que um cabo-verdiano, para conhecer a sua terra, “tem de estar ali e ver com os próprios olhos”.
“Levo um grande peso nos meus ombros, uma grande responsabilidade e daqui até à minha morte vou tentar fazer o máximo possível para que, quando eu não estiver aqui, os cabo-verdianos continuem a escrever a sua história”, sustentou, classificando a história cabo-verdiana como “nobre, de fortuna, de combate, de uma guerra do bem, um exemplo para África”.
O candidato regressa tendo como uma das primeiras acções de campanha, logo na descida do avião, o contacto com a zona piscatória de São Pedro, devido ao “apego bastante pessoal com os pescadores”.
“Gosto de pesca, gosto de mar, que é uma espécie de amigo na minha vida, mas, o mar também é algo extremamente importante na nossa terra, que precisa ser explorado”, considerou Gilson Alves, ressaltando a falta de meios que existe neste momento.
Sendo assim, repisou a intenção de “rasgar” o acordo de pesca com a União Europeia, que, advogou, “não serve Cabo Verde” e, por isso”, caso for Presidente, pretende “obrigar” as autoridades europeias a conceder ao País uma frota de barcos, ou, “então não há acordo”.
A campanha para as eleições presidenciais termina nesta sexta-feira, 15.
Nas presidenciais do dia 17 de Outubro, nos dois círculos eleitorais, nacional e estrangeiro, concorrem sete candidatos: Fernando Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.
As últimas eleições presidenciais em Cabo Verde ocorreram no dia 02 de Outubro de 2016, com três candidatos (Albertino Graça, Jorge Carlos Fonseca e Joaquim Monteiro). Venceu Jorge Carlos Fonseca na primeira volta para um segundo mandato, com 74% dos votos.
LN/JMV
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