Cidade da Praia, 22 Mar (Inforpress) – O presidente da Assembleia da Assembleia Nacional, Jorge Santos, disse hoje que a problemática da seca no mundo é algo que “deve unir a todos”, e em relação ao qual se deve construir uma “estratégia comum de intervenção”.
“Não há nenhuma razão para continuarmos a deixar a situação actual a degradar-se”, alertou o presidente do Parlamento cabo-verdiano, para quem a água existe, assim como as tecnologias que podem ser “constantemente aperfeiçoadas”.
Jorge Santos, que fez essas considerações no encerramento do Primeiro Fórum sobre a Escassez de Água na Agricultura, que decorreu durante três dias na Cidade da Praia, apelou a uma intervenção de “forma concertada” a nível global em que cada país assume a sua responsabilidade numa “estratégia de intervenção cooperativa”.
Segundo ele, este primeiro fórum foi “muito importante” para Cabo Verde, já que permitiu sistematizar muita informação, além de ter proporcionado “troca de experiências com outras realidades”.
“Foi também um momento de darmos a conhecer ao mundo aquilo que é a nossa realidade em termos de escassez de água e como lutámos ao longo de toda a nossa história com as secas”, indicou o chefe da casa parlamentar cabo-verdiana, ajuntando que, nos últimos 200 anos pluviométricos, Cabo Verde registou 96 anos de seca.
Na perspectiva de Jorge Santos, a seca no arquipélago provocou “muitas catástrofes humanitárias”, mas o cabo-verdiano “venceu e sobreviveu”.
“A seca e a escassez de água foram para nós uma oportunidade de crescimento”, enfatizou, lembrando que Cabo Verde é um país coberto de água em 99,5% (por cento) e que há cerca de 50 anos o arquipélago adoptou a dessalinização da água do mar para o consumo humano.
LC/FP