Cidade da Praia,30 Jan (Inforpress) – O Presidente da República aconselhou quarta-feira os lavadores de carro da Cidade Praia a dignificarem as suas profissões e a se unirem, no sentido de criarem as suas próprias associações, para melhor fazer valer as suas reivindicações.
Depois de auscultar as preocupações e desabafos de um aglomerado de lavadores de carros dos diversos pontos desta cidade, com quem partilhou os seus ensinamentos e conselhos, Jorge Carlos Fonseca disse que, para além de desejar votos de um ano novo aos convidados do Palácio Presidencial, o encontro serviu com o propósito de se inteirar de alguma conflitualidade da classe.
O Chefe de Estado mostrou-se satisfeito com o resultado deste encontro, já que desta iniciativa ficou firmado o compromisso da Câmara Municipal da Praia, que enviou um representante, de se trabalhar com estes jovens para se perspectivarem as regras de locais apropriados.
Formas de se encontrar estratégias para eventuais apoios para os familiares, sobretudo filhos, já que a maioria destes jovens sustenta a família com o ganho destes trabalhos, foi outra curiosidade levantada por Fonseca.
O PR alertou a todos para a necessidade de “dignificação desta profissão”, marcada por alguma conflitualidade face à inexistência de espaços apropriados para os trabalhos.
O mais alto magistrado da Nação teve a preocupação de incentivar estes trabalhadores a dignificarem as suas profissões, com respeito pelas regras, tendo inclusive exortado a um dos reincidentes da Cadeia Civil de São Martinho a fazer o máximo esforço para evitar que volte a ter conflitos com a lei.
“O que eu pretendia, fico feliz por ter conseguido. Ter conhecido melhor o problema e nós vamos ter um elemento de ligação com eles e com a Câmara Municipal e em conjunto encontrar um conjunto de soluções para os seus problemas. São cidadãos cabo-verdianos como qualquer outro, com os seus problemas”, explicou.
Os participantes do encontro manifestaram-se “eufóricos e orgulhosos” pela forma como foram recebidos no Palácio Presidencial, o que para muito deles “foi um sonho nunca dantes imaginável encontrar frente a frente com o Presidente da República”.
É o caso de Victor Almeida “Tó”, que se define como um dos mais antigos lavores do Platô, que disse ter saído seguro e “com mais moral” no seu local de trabalho, pelas ruas deste centro histórico, pois disse que doravante acredita que existe alternativa para poder prosseguir os seus trabalhos.
Afiançou que os lavadores de carro se sentem perseguidos pelos fiscais municipais e que saíram do encontro convictos de que dos compromissos anunciados pelo representante da autarquia poderão ser encontradas formas concretas para uma melhor organização dos seus trabalhos.
