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Presidente português considera “legítima” a manifestação de cidadãos contra a sua visita a Guiné-Bissau


  18 Mai      15        Politique (25362),

 

Cidade da Praia, 18 Mai (Inforpress) – O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou segunda-feira legítima a manifestação de um grupo de cidadãos guineenses contra a sua visita de dois dias à Guiné-Bissau e que aceita os diversos pontos de vista.

O chefe de Estado português reagia assim, em conferência de imprensa, quando questionado pela imprensa sobre a manifestação de desagrado de um grupo de cidadãos guineenses em Cabo Verde e na diáspora sobre a sua visita à Guiné-bissau, entre os dias 17 e 18 deste mês.

Conforme referiu, em Portugal, teve a ocasião de se reunir com os alegados organizadores da primeira manifestação realizada na passada sexta-feira, tendo considerado que a manifestação é “legítima”, frisando, entretanto, que as missões internacionais presenciais reconheceram como legítimo o resultado das eleições presidenciais na Guiné-Bissau.

Além disso, destacou, os laços que unem os dois países, marcados com um percurso em conjunto, história de respeito recíproco em relação a aquilo que são as opções soberanas de cada Estado, salientando que, em termos de visitas de Estado ou visitas oficiais, Portugal mantém relacionamentos com Estados com pontos de vistas em termos constitucionais diferentes.

Afirmou, neste sentido, que não há razões para se afastar do que é uma orientação clara da política externa portuguesa e da prioridade dada aos Estados irmãos de língua portuguesa, realçando que os mesmos têm mantido com Portugal relações mesmo quando discordam das posições portuguesas.

“Eu não vi razão para me afastar do que é uma orientação clara da nossa política externa e da prioridade que damos aos Estados irmãos de língua portuguesa, aceitando, obviamente, pontos de vista diversos, Devo dizer que alguns deles expressos por antigos responsáveis políticos que se encontram em Portugal e para cuja ida para Portugal contou com a intervenção do Presidente da República portuguesa e do Governo português”, declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa inicia esta segunda-feira, 17 de Maio, uma visita oficial à Guiné-Bissau, tendo feito antes uma passagem por Cabo Verde.

É a primeira visita oficial de um Presidente da República português a Bissau nas últimas três décadas: a visita de Marcelo acontece depois de o antigo Presidente português, Mário Soares, ter visitado a Guiné-Bissau, em Novembro de 1989.

Cavaco Silva esteve na Guiné-Bissau em 2006, não em visita oficial, mas para participar na cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na sexta-feira 14, um grupo de cidadãos guineense residente em Cabo Verde manifestou-se durante a conferência de imprensa, na cidade da Praia, o seu “desagrado e repúdio” relativamente à visita do Presidente de Portugal a Guiné-Bissau, tendo afirmado que esta missão “legitima o regime golpista” instalado naquele país africano.

Na altura, o porta-voz, Simão Monteiro, asseverou que Marcelo Rebelo de Sousa está com esta visita “a contribuir para o reforço da legitimação e manutenção da ditadura” na Guiné-Bissau, salientando que os líderes dos PALOP não deveriam ter a iniciativa de realizar visita dessa natureza a um país como a Guiné-Bissau.

“Como é possível reconhecer um presidente eleito e que até hoje não tomou posse conforme os preceitos estabelecidos na nossa constituição, por outro lado, depois de ter assumido o poder, encontrou um governo saído das eleições legislativas, destituiu-o e nomeou um governo de iniciativa presidencial, sem conciliação com a nossa constituição”, questionou.

Apelou neste sentido a todos os guineenses no país e na diáspora a manterem-se “firmes na luta contra os incumpridores das leis democráticas” e da “implementação da ditadura que um grupinho quer instalar na Guiné-Bissau com a conivência dos aliados internacionais”.

Umaro Sissoco Embaló, candidato do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), venceu as eleições presidenciais 2019 da Guiné-Bissau, com 53,55% dos votos válidos, contra 46,45% do candidato concorrente Domingos Simões Pereira (PAIGC).

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