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Primeiro-ministro quer entidades políticas a assumirem democracia e boa governança como “forte compromisso” político


  8 Avril      49        Politique (26624),

 

Santa Maria, 08 Abr (Inforpress) – O primeiro-ministro apelou hoje às entidades políticas mundiais a assumirem a liberdade, a democracia e a boa governança como “um forte compromisso” político, que produz “efeitos virtuosos” sobre a paz e o desenvolvimento sustentável.
Ulisses Correia e Silva lançou o desafio durante a abertura da conferência internacional sobre « Liberdade, democracia e boa governança », que decorre durante dois dias na ilha do Sal, destacando que a liberdade e a democracia são “bens essenciais” à humanidade e que garanti-los, é uma “responsabilidade de todas as nações”.
“Quando falamos da liberdade e da democracia, não são abstrações, falamos da vida de pessoas concretas, em comunidade, falamos de direitos civis, políticos, sociais, económicos e culturais essenciais ao desenvolvimento humano”, afirmou o chefe do Governo, que reiterou que a democracia deve ser “suportada e sustentada” por princípios e valores consistentes, caso contrário, será “uma salada onde cabe tudo”.
Na sua intervenção, Ulisses Correia Silva governante referiu ainda que as especificidades geográficas e culturais “erguem-se muitas vezes argumentos para fragilizar a democracia”, mas que, no entanto, “não é utilizada para dotar os países de melhores sistemas e mecanismos de limitação de poder e de fiscalização, melhores sistemas judiciais e mecanismos eficazes de prevenção e combate à corrupção”, lembrou
Neste sentido, Ulisses Correia e Silva destacou a democracia liberal constitucional existente em Cabo Verde, que se traduz na “estabilidade, boa reputação internacional, confiança nas relações com os cidadãos e com os parceiros de desenvolvimento”.
“Em Cabo Verde somos uma democracia liberal constitucional. Orgulhamo-nos de ser o país mais livre da África, o terceiro país da África no índice da Democracia, o segundo melhor país em África no Índice da Liberdade Económica, o segundo país em África com melhor classificação no Índice de Transparência e Corrupção”, elencou o chefe de Governo.
O primeiro-ministro considerou ainda “uma ilusão” pensar-se que se pode desenvolver um país em ambientes de instabilidade e de falta de confiança dos cidadãos nas instituições, pois, precisou, a ditadura e a autocracia “temporariamente até podem oferecer pão e segurança”, mas a prazo são “um desastre para os países”.
Por fim, Correia e Silva enalteceu a diversidade de painéis e de participantes na conferência que, sintetizou, “faz a ponte entre a liberdade, a democracia e a boa governança”.

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