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Problemática do suicídio em Cabo Verde tem de ser abordada muito mais além da questão dos dados estatísticos – coordenador


  3 Novembre      23        Société (45089),

 

Cidade da Praia, 03 Nov (Inforpress) – A problemática do suicídio em Cabo Verde tem de ser abordada muito mais além da questão dos dados estatísticos porque são vidas que se perdem, defendeu esta quarta-feira o coordenador do Programa Nacional da Saúde Mental, Aristides Luz.
Aristides Luz defendeu esta posição em declarações à imprensa, à margem da cerimonia de abertura do workshop nacional para elaboração de uma estratégia nacional de prevenção do suicídio, que decorre de hoje ao dia 04, na Cidade da Praia.
Conforme explicou, o referido plano pretende englobar vários sectores da sociedade porque, justificou, o suicídio é um problema de saúde publica, daí, a necessidade de englobar e priorizar as estratégias a curto, médio e longo prazos de acordo com a realidade do País.
“Uma das estratégias é, por exemplo, a questão da sensibilização da questão do suicídio, mas também do problema da saúde mental que sabemos que ainda, infelizmente, existe muito estigma em relação a isso”, apontou.
Aristides Luz considerou, de igual modo, que se deve levar em conta os recursos humanos de cada região, no sentido de todos os técnicos participarem nas acções de prevenção, promoção de acções de sensibilização, sublinhando ser importante ter dados das tentativas de suicídio, uma vez que as estatísticas muitas vezes não são claras e é preciso haver melhorias nesta matéria.
Apontou ainda a necessidade de as escolas serem incluídas na referida estratégia, salientando que tem havido muitos casos de automutilação e tentativas de suicídio nos adolescentes nas escolas.
“Temos uma média de mais ou menos de 50 suicídios por ano, cerca de um suicídio por semana que está um pouco acima da taxa mundial mas temos de abordar muito mais alem da questão da taxa, porque são vidas que se perdem e sempre se diz que são vidas que, com uma boa estratégia, poderiam ser salvas e mesmo que seja um suicídio por ano temos de ter uma estratégia para combater”, declarou.
Apelou, por outro lado, à necessidade de a problemática do suicídio ter uma nova abordagem nos órgãos da comunicação social, lembrando que, mundialmente, não é recomendado que a morte por suicídio seja noticia e que quando muitos casos são noticiados descrevendo o método e as razoes que levaram a vitima a suicidar-se, a tendência é para se registar o aumento.
“Não se deve falar do suicídio como uma noticia, o caso como uma noticia. Todos os dias as pessoas estão morrendo de câncer e outras doenças nós noticiamos isso? Acho que não e nem é necessário. O suicídio é um problema de saúde publica e nós temos de falar do suicídio na questão da sensibilização”, alertou.
O referido workshop é promovido pela Direcção Nacional da Saúde através do Programa Nacional de Saúde Mental em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), durante três dias, na Cidade da Praia.
O suicídio continua a ser um sério problema de saúde pública nos países de alta renda. Entretanto, quase 80% de todos os suicídios ocorrem nos países com rendimento médio e baixo, que respondem por uma grande parte dos suicídios globais.
Em Cabo Verde, o suicídio é a primeira causa de morte por causas externas, com um registo de cerca de 50 óbitos por ano. Em média, são oito casos de suicídio de homens para cada mulher, de acordo com os dados estatísticos nacionais entre os anos 2015 e 2018.

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