Bissau,17 Dez 18 (ANG) – Os sindicatos do sector da educação condicionam início das aulas nas escolas públicas com a promulgação do Estatuto de Carreira Docente e a conclusão do pagamento de salários à alguns professores.
A saída de um encontro negocial entre o governo, sindicatos e pais e encarregados da educação realizado sexta-feira no palácio da Presidência, Aristide Gomes disse que o executivo tem vindo a honrar o seu compromisso, pagando um mês em atraso e o mês findo.
O primeiro-ministro voltou a dizer que não contraiu dívidas com os professores e que as reivindicações dos docentes têm a ver com os atrasados salariais.
Por isso, admite a possibilidade de o governo e os sindicatos chegarem ainda hoje,segunda-feira, a um entendimento e consequentemente assinatura de um acordo que permitia o levantamento da greve em curso no sector de educação desde abertura do ano lectivo 2018/2019, em Outubro.
O Presidente da comissão negocial de greve dos professores, Bughoma Duarte Sanhá, por seu lado, condiciona o levantamento da paralisação com a promulgação do revisto Estatuto de Carreira Docente com efeito de aplicação imediata, que segundo disse, já tem dotação orçamental.
Instado a falar sobre possível assinatura do acordo com o governo e levantamento da paralisação, o Presidente da comissão negocial de greve dos professores disse que o assunto vai ser debatido entre os três líderes sindicais dos professores.
« Eu senti mesmo aborrecido, se alguém pensar em levantar a greve, sem que os professores sejam pagos, porque no caminho em direcção a Presidência encontramos com alguns professores que foram os bancos mas não havia dinheiro nas suas contas », disse o Presidente da comissão negocial de greve dos professores.
As partes devem voltar a reunir-se esta semana para se encontrar uma solução que ponha termo a greve, e o Primeiro-ministro admite possibilidades de haver entendimento que possa viabilizar o ínicio das aulas nas escolas públicas.