Cidade da Praia, 25 Mai (Inforpress) – O relatório sobre o Estado das Florestas do Mundo 2020 destacou que quase 420 milhões de hectares de floresta foram perdidos, desde 1990, e que a taxa de desmatamento diminuiu nas últimas três décadas.
O documento, lançado por ocasião do Dia Internacional da Diversidade Biológica, assinalado no passado dia 22 de Maio, foi produzido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Segundo uma nota de imprensa, esta última edição do relatório destaca que é preciso agir “urgentemente” para salvaguardar a biodiversidade das florestas diante dos “altos níveis de desmatamento e degradação”.
O mesmo documento destacou que quase 420 milhões de hectares de floresta foram perdidos como resultado da sua conversão para outros fins, desde 1990, e que a taxa de desmatamento diminuiu nas últimas três décadas.
“É essencial proteger as florestas já que elas abrigam a maior parte da biodiversidade terrestre. O relatório mostra que as florestas comportam 60.000 espécies de árvores diferentes, 80 por cento (%) das espécies de anfíbios, 75% das espécies de aves e 68% das espécies de mamíferos”, lê-se no documento.
O relatório da FAO revelou ainda que, apesar da desaceleração do desmatamento na última década, quase 10 milhões de hectares são perdidos, a cada ano, devido à sua conversão para fins agrícolas ou outros.
Para o director-geral da FAO e a directora-executiva do PNUE, Qu Dongyu e Inger Andersen, respectivamente, que escreveram o prefácio do relatório, o desmatamento e a degradação florestal continuam a um “ritmo alarmante, o que contribui significativamente para a perda da biodiversidade”.
Ambos reiteraram os seus compromissos para melhorar a cooperação mundial com o objectivo de “restaurar os ecossistemas degradados e danificados, combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade”.
No quesito “empregos e meios de subsistência”, o relatório destacou que milhões de pessoas em todo o mundo dependem das florestas para a sua segurança alimentar e meios de existência.
Informou ainda que as florestas proporcionam mais de 86 milhões de empregos ecológicos, e que mais de 90% das pessoas, que vivem em pobreza extrema, dependem de florestas para produtos silvestres, lenha ou parte dos seus meios de existência.
Para a elaboração deste relatório, a FAO contou com a parceria do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE) e com a contribuição técnica do Centro Mundial de Monitoramento da Conservação da Natureza do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUE-WCMC).
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