Cidade da Praia, 17 Set. (Inforpress) – O presidente da Comissão Política do MpD da Ribeira Grande (Santiago) denunciou hoje um “clima de perseguição política, politização, intimidação e maltrato” na câmara municipal local, com onda de despedimentos sucessivos de vários funcionários afectos aos “ventoinhas”.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Manuel Moura manifestou o repúdio da força política que representa e aconselhou o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de santiago, Nelson Moreira, a “levar em consideração que Cabo Verde é um País livre e democrático”, no qual cada cabo-verdiano tem direito à sua escolha quanto a partido, religião, equipas de futebol de entre outros.
“Em Ribeira Grande de Santiago é proibido ser do MpD, porque logo será aniquilado no posto do trabalho”, queixou Manuel Moura, acrescentando que “há oito meses atrás, 26 varredeiras perderem os seus postos de trabalho a favor de varredeiras afectas ao PAICV”.
Ao exemplificar “inúmeros despedimentos através de carta sem qualquer justificação para tal, a não ser perseguição política ou transferência de funcionários afectos ao partido da oposição nesta autarquia”, o conferencista acusou a câmara local de ter contrato em menos de um ano das últimas eleições autárquicas vários militantes do PAICV e “dar por fim de contrato à maioria dos trabalhadores ligados ao MpD”.
Moura fez questão de alertar ao presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande que o emprego salva a qualidade de vida, a dignidade humana, principalmente quando se tem jovem a contribuir para o desenvolvimento do seu próprio município.
Baseada nestas denúncias, o MpD local exortou a equipa camarária, liderada por Nelson Moreira, “a inverter o caminho porque em democracia tudo tem voz e vez” e que a alternância no poder deve ser levado em conta, pelo que promete recorrer à justiça e aos sindicatos para a resolução desses problemas.