Porto Novo, 21 Set (Inforpress) – A organização não-governamental (ONG) Fundamental, Santo Antão, está “preocupada” com a extracção de areia na orla costeira desta ilha, destacando o caso da praia de Mão Para Trás, na Ribeira Grande, aquele que “mais inquieta”, nesta altura.
Esta organização não-governamental diz que “ao longo dos anos esta “praia continua sendo o sustento de muitas famílias”, através da extracção de areia, que se intensifica nesta época mais quente, em que “há muita areia” nesta mesma praia, que já foi “banhada de areia negra ao longo da orla marítima”.
“Um extenso areal que convidava os moradores e residentes de outras paragens a desfrutar do mar, principalmente, no Verão. No entanto, ao longo dos anos, a praia continua sendo o sustento de muitas famílias, onde a extracção mais se intensifica no Verão”, sublinha esta organização, através de uma nota publicada nas redes sociais.
Ainda em Santo Antão, tem sido denunciado, também, por ambientalistas outro caso de extracção desenfreada de areia na zona costeira, que se prende com a praia de Gi, no município do Paul, uma “prática ilegal” condenada pelo próprio Ministério do Mar, que alerta para os “vários impactos negativos” que esta actividade acarreta.
O Governo garante, porém, estar a “arranjar soluções” para as pessoas que estão a viver da extracção de areia na praia de Gi, já que único meio de que dispõem para manter o seu sustento.
Os jovens envolvidos na extracção de areia nesta praia, que está a ser alvo de requalificação, devem beneficiar de um projecto, que consiste na construção de quiosques para venda de produtos diversos, esplanadas e restaurantes, podendo ainda ser contemplados com o financiamento de uma britadeira.
Também, no concelho do Porto Novo, há sinais preocupantes relacionados com a extracção de areia na costa costeira, mas, também, com outras inertes, que preocupam os ambientalistas, que terão já recorrido aos tribunais para pôr cobro à situação.
