Porto Novo, 16Mai (Inforpress) – Santo Antão está a receber, neste momento, “ensaios” para a produção de ração animal, utilizando folhagem de feijoal e bagaço de cana-de-açúcar, numa iniciativa do projecto sobre sistemas agro-florestais, que está a ser implementado nesta ilha.
Esta ideia, que está a ser desenvolvida pela Associação para a Defesa do Património de Mértola, Portugal, no quadro do projecto sobre sistemas agro-florestais em Santo Antão, visa “contribuir” para “atenuar a escassez de alimento verde” para o gado nesta ilha, por causa da seca, segundo uma nota desta associação.
Santo Antão, avançou a mesma fonte, enfrenta vários anos de seca que constituem “um forte constrangimento para os criadores de gado e produtores de queijo”, que enfrentam o problema de pasto, daí a ideia de se ensaiar a produção de ração animal, utilizando subprodutos agrícolas, como folhagem de feijoal e bagaço de cana sacarina.
“Para o efeito, estamos a secar o material verde, para posterior peletização. Também faremos testes com espécies forrageiras, como o tagasaste e a moringa, que estão plantadas nos campos experimentais do projecto, as quais têm apresentado óptimos resultados”, refere uma nota da Associação para a Defesa do Património de Mértola.
Esta organização não-governamental tem estado, no âmbito do projecto sobre sistemas agroflorestais, que está a ser implementado em Santo Antão há mais de um ano, a desenvolver também “inovações” que visam garantir “maior disponibilidade de água” para a agricultura, conhecida por “cocoons”.
Estas inovações estão a ser testadas em novas plantações que decorrem nos campos experimentais dos planaltos Leste e Norte.
Os ‘cocoons’ são pequenos reservatórios de água feitos com material vegetal, que vai sendo libertada gradualmente assegurando disponibilidade de água para as plantas ao longo de um período mais longo”, explicou esta organização não-governamental.