São Filipe, 24 Set (Inforpress) – A câmara de São Filipe anunciou para 2025 o desenvolvimento de um projecto para construção de uma pocilga municipal fora da cintura urbana para realocação dos criadores que utilizam as ribeiras para criação de porcos.
O anúncio da construção desta infra-estrutura foi feito pelo presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva depois de visitar o matadouro municipal e de ouvir queixas de populares que vivem nas redondezas devido ao mau cheiro das pocilgas familiares.
A construção de uma nova pocilga municipal vai ser incluída nas directrizes do Fundo do Ambiente 2025-2028 e o objectivo principal é modernizar as instalações, localizando-as fora do perímetro urbano, em áreas apropriadas para a criação de suínos, e eliminar as pocilgas actualmente existentes na parte alta das duas ribeiras que atravessam a cidade, S.João (sul) e Xaguate (norte).
Nuías Silva apontou que o vereador da área do Ambiente e o director municipal do Ambiente estão a trabalhar no projecto e sublinhou que a ideia da câmara é dialogar e criar um sistema de incentivos para eliminar todas as pocilgas que estão com criação de porcos nas duas ribeiras.
“Já não são tantas, mas ainda há um número que não é desejável nas ribeiras de Beltches (São João) e também na de Fonte Aleixo/Cobom (Xaguate)”, disse o edil para quem é necessário estabelecer “um diálogo aberto com criadores” com a intenção de realocá-los na nova estrutura a ser construída fora da cidade.
O autarca disse que houve uma abertura do Ministério da Agricultura e Ambiente aquando da inauguração da Casa de Todos de Fonte Aleixo/Cobom e que a edilidade vai “explorar” essa abertura para criar esse projecto sem perseguir os criadores.
« Não vamos ameaçar ou perseguir os criadores, porque são fontes de renda para as famílias que devemos proteger. Nossa meta é criar alternativas por meio de diálogo e sistemas de incentivos para realocação dos criadores », afirmou Nuías Silva que lembrou que a câmara pretende oferecer alternativas geradoras de renda para aqueles que exercem esta actividade.
« Somos uma câmara de rosto humano e voltada para as pessoas. Queremos criar infra-estruturas para sofisticar a cidade e o município, mas queremos que essas infra-estruturas geram externalidades em termos de impacto social e económico na melhoria de vida das pessoas », concluiu Nuías Silva.
A previsão é que o projecto seja implementado a partir de 2025, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da cidade e a melhoria das condições ambientais nas zonas