Praia, 04 Out (Inforpress) – Alcides Graça, que suspendeu as funções de líder da Comissão Política Regional (CPR) do PAICV em São Vicente para se recandidatar ao cargo, disse hoje que a presidente do partido vai-se manter distante das eleições regionais do PAICV.
Alcides Graça, que falava em conferência de imprensa durante a apresentação da sua recandidatura à liderança da CPR do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) na ilha, explicou que o partido tem que “aprender com os seus erros.”
Pelo que, observou, a presidente do partido “certamente” vai marcar uma posição de “distanciamento” em relação a essas eleições que acontecem a 24 de Novembro.
“A última vez que nós falamos em Outubro passado ela desejou-me boa sorte e disse-me que iria ficar distanciado das eleições regionais”, revelou Alcides Graça, acrescentando ainda que Janira Hopffer Almada disse que esperava que as eleições “fossem honestas e com limites”, porque o que se o pretende é que o PAICV “saia forte com a democracia interna”.
Segundo Alcides Graça, a sua candidatura para o mandato 2019/2022 tem propostas de órgãos “renovados, motiados e objectivos bem definidos.”
Salientou que a lista é renovada em mais de 90 por cento (%), porque traz caras novas e foi constituída com base na paridade, ou seja 50% de mulheres e 50% de homens.
Isto, elucidou, para dar espaço às mulheres para poderem se posicionar nas listas, nas eleições autárquicas e nas legislativas. Conforme o político, a sua plataforma eleitoral é sustentada por três pilares fundamentais cujo objectivo é criar as condições para que o PAICV possa se apresentar “forte, com boas possibilidades de ganhar as eleições autárquicas e as legislativas”.
O primeiro pilar, destacou Alcides Graça, é o reforço da coesão interna mas, com respeito pela diferença. “Pretendem criar um núcleo de apoio e promoção de inclusão e coesão interna para responder a essa necessidade premente do PAICV nesses últimos tempos”, anunciou.
O segundo, adiantou, é a qualificação da base de dados no qual pretendem reaproximar os militantes que estão descativados e recrutar novos partidários com o objectivo de chegar a cinco mil militantes até 2022.
O terceiro pilar é a transformação da sede do partido num ponto de convergência e de promoção de compromissos com a juventude.
No entanto, referiu que o primeiro passo já foi dado com a criação da sala de leitura e o segundo passo é transformar a sala num espaço de formação de curta e média duração para os jovens mindelenses.
Para Alcides Graça, a campanha à liderança do PAICV em São Vicente está a correr “muito bem”, porque pelos contactos porta-à-porta que tem feito nas zonas rurais e urbanas observou que “os militantes do PAICV se revêm na sua candidatura”.
Questionado se vai se candidatar à presidente da Câmara Municipal de São Vicente ou seguir para deputado nacional caso vencer as eleições regionais, Alcides Graça disse que prefere “não fazer futurologia”, até porque, sublinhou “as autárquicas só serão em Outubro do próximo ano.”
Além da candidatura para a CPR, encabeçam as candidaturas para a Comissão Regional de Jurisdição e Fiscalização, Roberto Ramos que se candidata a presidente e Thierry Monteiro que será o vice-presidente, seguido de Eurico Brito. Na Comissão Política as duas mulheres Arlinda Medina e Celeste da Paz candidatam-se a vice-presidentes.
CD/ZS