Bissau, 29 nov 23 (ANG) – O ministro da Saúde Pública defendeu hoje como prioridade, às politicas de saúde centrada no controlo de venda de medicamentos e abertura de clinicas que se verifica no país.
Domingos Malú respondia hoje no parlamento algumas questões levantadas pelos deputados sobre o sector da saúde pública guineense, no âmbito de interpelação dos alguns membros do governo ,iniciada segunda-feira com ministro da Economia e Finanças, da ministra do Interior sobre algumas situações nas suas áreas de intervenções.
Os deputados interpelaram hoje o ministro da Saúde sobre a isenção de pagamento de consultas para as crianças de zero à cinco anos, das grávidas e idosos, situação que não se verifica nas regiões.
Abordaram ainda o governante sobre, a dificuldade na obtenção da junta médica, da situação disfuncionamento do Laboratório Nacional, a colocação de aparelhos de raio X nos hospitais regionais e dos fundos e materiais doados ao governo no quadro de combate a Covid-19.
Sobre a situação de precariedades das farmácias, o ministro da Saúde disse que após ter assumido a função percebeu que é preciso melhor ainda alguma coisa, para o efeito reuniu-se com os proprietários das Farmácias, na qual acordaram que até final deste mês, todas elas serão inspecionados e aquele não que reunir condições exigidas, em termos de conservação de medicamentos e de edifício para funcionamento vão ser fechados.
Em relação as clinicas informou que não existe no Ministério da Saúde nenhuma disposição legal que estabelece as condições em que se pode abrir uma clinica ou consultoria médica no país.
Situação que o ministro da Saúde Pública diz merecer a sua preocupação, porque as clinicas são abertas sem parecer dos serviço de inspeção para o efeito, por isso prometeu trabalhar para elaboração de estratégias para definir as condições de atribuição de licença para abertura de uma clinica ou consultoria médica.
Relativamente a nomeação dos delegados regionais de saúde, justificou a mudança de alguns com a necessidade de obtenção dos resultados na missão que lhes foram confiadas.
“Durante a visita que efectuamos alguns centros de saúde regionais constatamos que os utentes pagam em algumas zonas, 19 mil francos por uma garrafa de soro canalizado”, informou.
A título de exemplo, Domingos Malú disse ter constatado esta prática no sector de Bigene, região de Cacheu e perguntou o delegado regional se sabe desta situação e a resposta é não, frisando que, o mesmo acontece no centro de saúde de Biombo, com o teto a desabar nos olhos do delegado de saúde e sem nenhuma nota informativa sobre situação.
Quanto a redução da morte materna infantil, através da isenção de pagamento de consulta para as crianças de zero à cinco anos, grávidas e dos idosos, o ministro da Saúde reconheceu que não está a ser observada na totalidade, mas garantiu aos deputados de que está em condições de controlar a situação, com medidas sérias.
Em relação aos aparelhos de Raio X e de ecografia nos hospitais regionais, o ministro da Saúde Pública informou que no momento os aparelhos de Raio X estão instalados em todos os hospitais regionais, mas o problema tem a ver com a insuficiência dos técnicos, porque no mínimo é necessário 4 técnicos por cada aparelho.
Sobre alegada dificuldade na obtenção da junta médica nacional para Portugal admite que sempre constitui problemas.
“Antes o processo da junta não era escaneada, mas agora o processo é escaneado graças uma parceria com Direção de saúde de Portugal, através de uma plataforma que foi criada para controlar os processos médico, porque existe uma intervenção muito forte não só aqui no país, mas assim como em P Portugal”, explicou.
Para além disso, Domingos Malú revelou que existe outro processo de junta médica privada e quando o seu requerente não consegue obter visto na Embaixada recorre ao Ministério para efeito, alegando serem aqueles que se queixam da morosidade dos processos.
Domingos Malú afirmou que a junta médica nacional tem a ver com Estado e que não é o ministro que concede junta, mas sim o médico através da história clínico do doentes que será submetida a apreciação de uma comissão conjunta para validação e só com confirmação de marcação de consulta em Portugal é que o ministro assina os documentos.
Informou que, o Laboratório Nacional de Saúde, foi criado desde 1978, através da cooperação sueca e deixou de funcionar durante guerra de 07 de junho, adiantando que, no final desse conflito em 1999 o Laboratório foi recuperado é único momento que beneficiou de alguns parceiras pontuais, até porque o OGE não prestava nada para o seu funcionamento.
“O nosso Laboratório é reconhecido a nível internacional, porque a título de exemplo, Canada, África de Sul entre outros países mais avançados enviam para o país alguns resultados de análise para serem confirmados no nosso Laboratório”, enalteceu.
Para depois, lamentar o facto de, durante o combate a covid-19 não terem beneficiado de nenhum apoio financeiro ou material em detrimento dos privados, até porque o primeiro caso foi detetado no Laboratório. Razão pela qual disse que é necessário criar condições em termos de meios para continuar com o processo de analisar as mostras que são recolhidas.
“É um laboratório com capacidade de controlar qualquer tipos de vírus no país, porque a sua avaliação subiu em termos de qualidade de 29 para 60 por cento de credibilidade em termos de produção de resultados de analise”, revelou Domingos Malú.
Situação que, Domingos Malú prometeu inteirar-se junto do responsável máximo do Laboratório para saber dos motivos de não concessão de fundos e materiais ao laboratório nacional de análise clinica.
Em relação ao financiamento no momento de covid-19, informou que as contas da Célula de Combate a covid-19 foi auditada e que o relatório já foi publicado, porque o período de contraditório, tanto individual, assim como colectiva da parte do gestor terminou, mas sem nenhuma contestação da direção da Célula.