Bissau,18 Set 23 (ANG) – A Associação Nacional de Proteção dos Trabalhadores Domésticos da Guiné-Bissau (ANAPROMED) realizou hoje uma vigília frente a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau em protesto a demora na concessão de vistos e tramitação de processos.
“Estamos aqui no âmbito de incumprimento da Embaixada de Portugal em relação ao nosso pedido de visto que deu entrada nos Serviços Consulares desta Embaixada desde 14 do mês passado para representamos a Guiné-Bissau no Congresso Internacional das Associações Domésticas, a ter lugar no próximo mês, na Bélgica”, explicou Seni Bacai Cassamá.
Disse que a delegação guineense composta por três pessoas deve deixar o país no final deste mês, frisando que, o agendamento para a obtenção de visto é feita via on line, mas que não conseguiram por essa via até agora fazer esse agendamento.
Por isso, de acordo com o Presidente da ANAPROMED, decidiram realizar hoje esta vigília a frente da Embaixada para manifestar os seus descontentamentos pela demora no atendimento e na concessão de vistos.
Seni Bacai Cassamá considerou de “incredível” o serviço disponibilizado pela Embaixada para agendamento, e denuncia que quando não se consegue fazer agendamento por essa via, o interessado é obrigado a pagar um valor monetário avultado, que vária de 250 mil a um milhão de francos CFA.
Instado a falar da resposta que recebeu do Cônsul de Portugal, disse que o diplomata deu lhes garantia de que vão receber seus respectivos vistos amanhã, terça-feira.
Cassamá lamentou o facto de os membros ANAPROMED serem os únicos, entre os cerca de 300 países que vão participar nessa conferencia internacional, que até ao momento não receberam vistos.
A participação da organização nesse evento diz Seni Cassamá, servirá não só para apresentar a preocupação da Guiné-Bissau, mas também para assinar vários acordos de parceria com outras associações similares, nomeadamente sindicatos de Portugal, da Bélgica e Espanha.
“Podemos perder esta oportunidade, caso não participemos no Congresso Internacional das organizações que defendem o interesses dos trabalhadores doméstico”, disse o Presidente da ANAPROMED da Guiné-Bissau