Cidade da Praia, 04 Out (Inforpress) – A responsável pela ONU-Habitat no País advertiu segunda-feira que há ainda muito que fazer em Cabo Verde para ter cidades e comunidades inclusivas sustentáveis, e apela a um “djunta mó” com vista a realizar essa aspiração da inclusão.
Jeiza Barbosa fez estas declarações à imprensa à margem da roda de diálogo sob o tema: “Diminuindo as Desigualdades sem deixar ninguém e nenhum lugar para trás”, seguindo o tema proposto lançado mundialmente para orientar as reflexões.
Segundo adiantou, ao longo deste mês a ONU-Habitat estará em diferentes lugares, com diferentes actores a reflectir sobre o futuro das cidades, sobre o lema do Objectivo do Desenvolvimento Sustentável número 11 que propõe cidades e comunidades inclusivas, resilientes e sustentáveis.
Foi escolhido para o primeiro diálogo as associações de base comunitária, consideradas aquelas que normalmente podem dar voz aos que tendencialmente possam ficar para trás.
A agência da ONU-Habitat pretende, conforme esta responsável, ouvi-las sobre o trabalho que têm feito nas suas comunidades, mas também perspectivar os canais de diálogo com entidades centrais e locais para aumentar as parcerias e poder chegar a essas pessoas.
“Nós estamos a perceber que a urbanização é um fenómeno crescente, e percebemos também que aqui em Cabo Verde os dados mostram que a pobreza tem um forte impacto no meio urbano, e potencialmente as crises tendem a agravar essas situações, daí que estamos nesta série de reflexão de acções para que os efeitos dessas crises sejam mitigados”, explicou.
Considerou, por outro lado, que Cabo Verde tem um padrão de urbanização um pouco além da média da região, mas que há ainda muito que fazer para ter cidades e comunidades inclusivas sustentáveis.
“Mas, o caminho faz-se caminhando, não há que se desistir, todas as instituições das organizações institucionais, das instituições públicas, das organizações da sociedade civil, temos que fazer um “djunta mó” para chegar a essas pessoas e podermos realizar essa aspiração da inclusão”, argumentou.
O Dia Mundial do Habitat é um dia instituído pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) que mundialmente lança um tema de base para reflexão dos países. É celebrado na primeira segunda-feira de Outubro e dá início ao arranque das actividades de comemoração de Outubro Urbano.
Todo o mês de Outubro é dedicado às questões urbanas, iniciando com o Dia Mundial do Habitat e termina a 31 de Outubro, data que se comemora o Dia Mundial das Cidades.