Bissau, 28 fev 20 (ANG) – O Secretário Geral da Secretaria de Estado de Comunicação Social, Mamadú Sanó disse que a formação e capacitação dos jornalistas é um domínio muito importante para aquela instituição, numa altura em que se transita da era analógica para a digital.
Sanó falava em exclusivo à ANG quinta-feira, após realização de uma sessão de transmissão de experiências no domínio de fotojornalismo e os desafios da imprensa guineense animada por técnicos portugueses, e promovida pelos Serviços de Cooperação da Embaixada de Portugal em Bissau, com a colaboração da Secretaria de Estado de Comunicação Social.
“Antes de pensar na aquisição dos equipamentos que os jornalistas vão manejar é preciso capacitar os jornalistas a fim de poderem lidar com referidos materiais”, sublinhou.
Mamadú Sanó informou que a Secretaria de Estado da Comunicação Social tem muitos projetos para implementar com o Instituto Camões sobretudo de formação em língua portuguesa, para que os jornalistas tenham mais domínio dessa língua.
Para um dos facilitadores da oficina, o jornalista Roger Morgado, os jornalistas continuam a ser um elemento chave na solução de alguns problemas nacionais, nomeadamente no esclarecimento do público, dando a conhecer a verdade e a levar muitas pessoas a questionarem e não só aceitar aquilo que lhes são dados.
“Há uma mudança no paradigma internacional, eu acho que a Guiné-Bissau será um bom exemplo no dia em que se quiser colocar como uma referência de alguém que deu um salto gigante de um ponto A para ponto B”,sustentou.
Questionado sobre os jornalistas guineenses que até hoje exercem essa profissão sem Carteira Profissional disse que o jornalismo tem que ser jornalismo e não pode ser propaganda e da parte dos jornalistas deve haver uma organização interna para conseguir ter a Carteira Profissional, a fim de garantir que os jornalistas que têm a carteira cumprem o Código Deontológico.
“Só isso pode levar o jornalismo à outro patamar. Porque se não haver organização interna, se os jornalistas não se organizarem será sempre muito difícil conseguir ter um órgão que fiscaliza se o Código Deontológico e Ético profissional estão a ser cumprido ou não”, frisou Morgado.
Disse que a responsabilidade social de quem escolheu ser jornalista num país como a Guiné-Bissau tem que ser assumida. Respeitando um Código Deontológico e a ética da profissão.
A referida oficina para profissionais , fotojornalistas e profissionais da comunicação social da Guiné-Bissau foi promovida pelos Serviços de Embaixada de Portugal em Bissau com apoio da Secretaria de Estado da Comunicação Social, facilitada pelos portugueses fotógrafo Arlindo Camacho e pelo jornalista Roger Morgado. ANG/DMG//SG