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Especialista aponta que ainda há muitas mulheres que não se vêem importantes e relevantes na sociedade


  28 Mars      38        Society (33411),

   

Cidade da Praia, 28 Mar (Inforpress) – A especialista em estudos de género, raça e interseccionalidade Gisseila Garcia disse neste domingo, que as mulheres cabo-verdianas aos poucos têm ocupado o seu espaço merecido na sociedade, mas que ainda há muito que se fazer neste sentido.
“Porque ainda as oportunidades de acesso são muito desiguais, e muitas não se vêem importantes e relevantes na sociedade e ocupando espaços importantes dentro da sociedade”, disse esta activista ambiental e de género em declarações à Inforpress, por ocasião das comemorações do Dia da Mulher Cabo-verdiana, que se assinalou neste domingo, 27 de Março.
Segundo esta investigadora, Cabo Verde tem se destacado a nível da África em relação às políticas e programas de igualdade e equidade de género e, além disso, nos últimos anos têm surgido vários movimentos e colectivos em prol da luta pela igualdade e equidade de género.
Contudo, alertou que ainda é preciso chegar nas bases, nas mulheres das comunidades, nas mulheres das periferias, nas mulheres das áreas rurais, que precisam realmente visibilizar as suas demandas, e que possam sentir -serepresentadas por seus pares nos espaços de tomada de decisão.
“Nós mulheres cabo-verdianas somos muitas, com características semelhantes, mas também com características diferentes. Somos cunhadas de mulheres batalhadoras, muitas vezes de forma romantizada, uma vez que as batalhas surgem em consequência dos impactos das várias opressões sociais sobre as mulheres”, continuou.
Gisseila Garcia ressaltou também que as mulheres cabo-verdianas são “na maioria” mães solteiras, chefes de famílias, trabalhando na informalidade, em busca de um sustento básico para os filhos e para o resto da família, porque a tripla carga de trabalho (trabalho fora de casa, trabalho em casa e trabalho em prol da sociedade) representa o dia a dia da mulher cabo-verdiana.
“Nos dias atuais também temos sido chamadas de mulheres empoderadas. Talvez seja uma forma mais actual, na moda, de dizer mulher batalhadora. Contudo, é importante salientar que somos sim, exemplos de mulheres que lutam, que não se conformam com o mesmo, que correm atrás dos seus objectivos e principalmente que reconhecem o seu importante papel no desenvolvimento da sociedade cabo-verdiana”, acrescentou.
Gisseila Garcia disse também que as mulheres cabo-verdianas são diversas, que nem todas tem as mesmas oportunidades de acesso, mas que firmes em todas as actividades que realizam, que são “mulheres capazes, dispostas, motivadas e determinadas”.
Instada a deixar uma mensagem às mulheres cabo-verdianas para o dia de hoje, Gisseila Garcia respondeu: “A mensagem é que nós mulheres podemos ser mais e mais. Podemos ser tudo o que quisermos, e o importante é garantir essa possibilidade de escolha”.
“Ainda temos muita luta pela frente, no sentido de garantirmos a equidade de género, e a receita principal para isso já sabemos, mais ou menos, qual é: União. Precisamos estar mais unidas, ser rede de apoio uma das outras, termos mais empatia com a luta que cada uma encara no dia a dia. E, neste sentido, a célebre frase “juntas somos mais fortes” faz todo o sentido, porque juntas as nossas vozes ecoam mais fortes e terão mais impacto”, disse.
Finalizando, Gisseila Garcia disse que ainda acredita ser importante também valorizar o papel que as mulheres mais velhas, as mães, tias, avós, vizinhas, amigas, dentre outras, têm nas vidas de todos.
“Conhecer a nossa ancestralidade e a nossa história, faz com que estejamos mais preparadas para encarar os desafios que a sociedade nos impõe, só pelo facto de sermos mulheres”, concluiu.

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