Mindelo, 22 Dez (Inforpress) – O engenheiro Carlos Araújo defendeu hoje a criação de um banco parceiro do desenvolvimento do agro negócio, durante a jornada técnica sobre Economia, que decorre na câmara de São Vicente, integrada nas preparações do I Fórum 2035.
Segundo a mesma fonte, que falava no painel sobre agro negócio, actualmente os bancos comerciais estão “completamente desfasados” da realidade no País, pelo que, considerou, para o desenvolvimento de uma indústria agropecuária vai ser necessário a existência de bancos preparados para isso.
Nesta perspectiva, defendeu a “urgência de um banco amigo e parceiro de desenvolvimento agro-pecuário com juros e prazos de pagamento aceitáveis”. Isto porque, explicou, o período de carência dado pelos bancos nos moldes actuais não beneficia quem quer investir nessa área.
“Vou a um banco pedir um empréstimo, o projecto é valido e o banco dá-me um empréstimo com um período de carência de três meses, quando eu vou necessitar, provavelmente, de dois anos para começar a recuperar. O banco não viu bem a questão e se eu também não me aperceber disso, meto-me no negócio e quatro meses depois fico completamente falido”, explicou.
Outra proposta apresentada por Carlos Araújo é o investimento em tâmaras e tamarinos, que são dois produtos que “abundam na ilha” e que são “muito consumidos” em outros países por pessoas “consideradas de classe”.
“Acredito que temos possibilidade de produzir dezenas de toneladas de tamarinos e tâmaras para a produção de doces, pastas, sumos e mel. Um pé de tamarino dá entre 100 a 200 quilogramas de tamarino. Há vários em Cabo Verde, mas estão debaixo das tamareiras e tamarinos a serem pisado e apodrecer debaixo”, criticou.
Para o engenheiro, São Vicente é, provavelmente, a ilha com maior quantidade de gado por metro quadrado, mas carece de “um estudo adequado” no local sobre as características do gado nacional e das diferentes ilhas.
Um dos objectivos, frisou, é ver qual é ração adequada porque, defendeu, da sua experiência a ração importada “não é a mais apropriada.
Segundo Carlos Araújo, para o desenvolvimento do agro negócio também é preciso maior preparação dos agricultores e criadores, mais atribuição dos subsídios e melhor aproveitamento dos pastos.
“Não temos pessoas preparadas, não é aliciante ser pastor. Há falta de pessoal nesta área porque os jovens estão a estudar para serem engenheiros médicos e psicólogos, mas a parte de mexer na farinha para fazer o bolo não está a ser estimulada”, afirmou.
A mesma fonte afirmou que é preciso formação de pessoas para que possam evoluir na produção de queijos, na qualidade e na diferença, que é necessário transformar o que é produzido localmente em produtos longa duração e voltados para a exportação, e dar melhor atenção para fixar a população nas áreas rurais, que correm risco de serem despovoados.
Por outro lado, sustentou que no desenvolvimento de São Vicente, as universidades vão ter de ter “um papel importante”, provavelmente, criando novas formações e lançando “exércitos de pessoas” ao terreno para melhorar a forma como se encara a vida.
Carlos Araújo discorreu no painel sobre agro negócios integrado na jornada técnica sobre “Economia de São Vicente”.
Esta jornada é o terceiro encontro técnico organizado pela Câmara Municipal de São Vicente como preparação para o I Fórum São Vicente 2035, que está previsto para acontecer nos dias 19, 20 e 21 de Janeiro de 2022.
O evento enquadra-se nas festividades do Dia do Município de São Vicente que se celebram a 22 de Janeiro.
Mindelo, 22 Dez (Inforpress) – O engenheiro Carlos Araújo defendeu hoje a criação de um banco parceiro do desenvolvimento do agro negócio, durante a jornada técnica sobre Economia, que decorre na câmara de São Vicente, integrada nas preparações do I Fórum 2035.
Segundo a mesma fonte, que falava no painel sobre agro negócio, actualmente os bancos comerciais estão “completamente desfasados” da realidade no País, pelo que, considerou, para o desenvolvimento de uma indústria agropecuária vai ser necessário a existência de bancos preparados para isso.
Nesta perspectiva, defendeu a “urgência de um banco amigo e parceiro de desenvolvimento agro-pecuário com juros e prazos de pagamento aceitáveis”. Isto porque, explicou, o período de carência dado pelos bancos nos moldes actuais não beneficia quem quer investir nessa área.
“Vou a um banco pedir um empréstimo, o projecto é valido e o banco dá-me um empréstimo com um período de carência de três meses, quando eu vou necessitar, provavelmente, de dois anos para começar a recuperar. O banco não viu bem a questão e se eu também não me aperceber disso, meto-me no negócio e quatro meses depois fico completamente falido”, explicou.
Outra proposta apresentada por Carlos Araújo é o investimento em tâmaras e tamarinos, que são dois produtos que “abundam na ilha” e que são “muito consumidos” em outros países por pessoas “consideradas de classe”.
“Acredito que temos possibilidade de produzir dezenas de toneladas de tamarinos e tâmaras para a produção de doces, pastas, sumos e mel. Um pé de tamarino dá entre 100 a 200 quilogramas de tamarino. Há vários em Cabo Verde, mas estão debaixo das tamareiras e tamarinos a serem pisado e apodrecer debaixo”, criticou.
Para o engenheiro, São Vicente é, provavelmente, a ilha com maior quantidade de gado por metro quadrado, mas carece de “um estudo adequado” no local sobre as características do gado nacional e das diferentes ilhas.
Um dos objectivos, frisou, é ver qual é ração adequada porque, defendeu, da sua experiência a ração importada “não é a mais apropriada.
Segundo Carlos Araújo, para o desenvolvimento do agro negócio também é preciso maior preparação dos agricultores e criadores, mais atribuição dos subsídios e melhor aproveitamento dos pastos.
“Não temos pessoas preparadas, não é aliciante ser pastor. Há falta de pessoal nesta área porque os jovens estão a estudar para serem engenheiros médicos e psicólogos, mas a parte de mexer na farinha para fazer o bolo não está a ser estimulada”, afirmou.
A mesma fonte afirmou que é preciso formação de pessoas para que possam evoluir na produção de queijos, na qualidade e na diferença, que é necessário transformar o que é produzido localmente em produtos longa duração e voltados para a exportação, e dar melhor atenção para fixar a população nas áreas rurais, que correm risco de serem despovoados.
Por outro lado, sustentou que no desenvolvimento de São Vicente, as universidades vão ter de ter “um papel importante”, provavelmente, criando novas formações e lançando “exércitos de pessoas” ao terreno para melhorar a forma como se encara a vida.
Carlos Araújo discorreu no painel sobre agro negócios integrado na jornada técnica sobre “Economia de São Vicente”.
Esta jornada é o terceiro encontro técnico organizado pela Câmara Municipal de São Vicente como preparação para o I Fórum São Vicente 2035, que está previsto para acontecer nos dias 19, 20 e 21 de Janeiro de 2022.
O evento enquadra-se nas festividades do Dia do Município de São Vicente que se celebram a 22 de Janeiro.
