Bissau, 4 Jun 20( ANG) – A Assembleia de Povo Unido Partido Democrata da Guiné-Bissau (APU- PDGB) disse, em comunicado, que não compreende a atitude que considera “dúbia” do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) de pretender liderar um novo governo de base alargada enquanto continua a não reconhecer os resultados das eleições presidenciais de 29 de Dezembro que elegeu Umaro Sissoco Embalo, Presidente da República.
A posição da APU-PDGB vem expressa num comunicado à imprensa à que a ANG teve acesso hoje .
Segundo o comunicado à que a ANG teve acesso esta quinta-feira, aquela formação política reconhece e agradece a disponibilidade e os bons ofícios do Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP), no sentido de viabilizar o funcionamento de parlamento guineense e louva o seu empenho na procura de uma solução que dê corpo ao comunicado de CEDEAO, de 24 de Abril.
Em comunicado referido, a CEDEAO declara o seu reconhecimento ao Umaro Sissoco Embaló, enquanto Presidente da República, mas deu-lhe até 22 de maio, já passado, para nomear novo primeiro-ministro e novo governo, respeitando os resultados das legislativas de 10 de março de 2019, ganhas pelo PAIGC.
O partido liderado por Nuno Nabian, actual Primeiro-ministro reafirma haver uma nova maioria parlamentar, resultante do acordo político de incidência parlamentar assinado recentemente entre MADEM-G15, PRS e APU-PDGB, e exorta ao presidente da ANP para a convocação de uma sessão parlamentar para, entre outros assuntos, se discutir e aprovar o programa do governo em exercício.
O comunicado ainda indica que a APU-PDGB reafirma sua abertura para juntamente com parceiros da nova maioria parlamentar incluir outros partidos políticos no governo.
Uma delegação do partido deve manter esta quinta-feira uma audiência com o presidente da ANP, Cipriano Cassama, mediador designado por Umaro Sissocó Embalo para encontrar consensos entre partidos com assento parlamentar, visando a formação de um Governo de base alargada.