Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, apelou hoje a um “esforço adicional por parte de todos” para reduzir “de forma relevante” os números de contágio na capital, permitindo a retoma das aulas presenciais.
Jorge Carlos fez este apelo à imprensa, à margem de uma visita que realizou ao estúdio de gravação do programa “Aprender e estudar em casa”, a convite da ministra da Educação, Maritza Rosabal.
Segundo o Presidente da República, é necessário que se “faça um esforço adicional” por parte das autoridades de saúde e das demais autoridades, dos cidadãos da Praia e do País e das associações, para que se consiga, neste compasso de espera, reduzir “de forma relevante” o número de contágio e contribua para que o ambiente epidemiológico favoreça o retomar das aulas presenciais na capital.
Conforme apontou, no caso da Cidade da Praia, as autoridades entenderam que as razões para o adiamento das aulas presenciais “não têm a ver com a impreparação dos serviços de educação”, mas sim, com a “dimensão dos muros da covid-19″ no concelho, nos últimos tempos.
Jorge Carlos Fonseca avançou que a segurança sanitária é um “garante fundamental”, e que da parte das autoridades “tudo deve ser feito” para que seja a maior possível, tendo as escolas que disponibilizar também os meios para que os riscos de propagação sejam “minimizados o máximo possível”.
Instado sobre a possibilidade de as aulas serem interrompidas, caso haja contágios no seio da comunidade académica, o chefe de Estado salientou que a questão foi discutida no Conselho da República e que foram definidos critérios para tais situações.
“O risco de contágio é real, mas entre os riscos de propagação do vírus com o reinício de aulas presenciais e os prejuízos causados pelo encerramento de aulas, pesando as duas coisas, entendeu-se assumir os eventuais riscos de propagação que representam”, frisou.
Indicou ainda que o mundo está a navegar num mar de incertezas, sem a noção do fim da pandemia, mas referiu que, no entanto, “seria um desastre” para o País e “uma calamidade” para o sistema de ensino manter eternamente as escolas fechadas.