Praia, 03 Dez (Inforpress) – Os moradores e proprietários dos empreendimentos comerciais e de outros estabelecimentos reclamam da grande quantidade de terra que lhes tem causado “grandes transtornos”, principalmente nos negócios, denunciando falta de protecção.
Juma Rodrigues, uma moradora da rua da Cultura e funcionária de uma boutique nesta mesma rua, explicou que a situação vem arrastando já há algum tempo, realçando que ao abrirem as valas, estas ficaram abertas por muito tempo.
Reforçou ainda que limpam a área várias vezes ao dia, mas de nada adianta porque qualquer vento, por mais leve que seja, causa poeira e mesmo quando os carros passam a “situação fica incontrolável”.
Para vencer esta situação, Juma Rodrigues sublinhou que tem regado algumas partes da rua, mas “não há água” que vença tanta terra.
Daí, tem optado por fechar alguma das entradas da loja e cobrir os produtos, indicando que tudo isso prejudica os negócios e o interesse dos clientes pelos produtos.
Por seu turno, Paula Pires, uma outra moradora da rua da Cultura, corroborou das mesmas reclamações feitas pela Juma Rodrigues, acrescentando que o seu modo de “ganhar um pão é ao pé de uma grelha”, à frente da sua casa, mas devido a esta situação há dias que tem de suspender a sua actividade.
Além disso, sublinhou que dentro de casa não é nem preciso limpar e tirar o pó porque é uma questão de minutos para tudo ficar sujo de novo.
Abordado sobre esta situação, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, diz ter conhecimento dos constrangimentos, ante às várias reclamações neste âmbito e que já estão a trabalhar para minimizar os impactos negativos.
Aproveitou ainda para pedir desculpas aos moradores e empreendedores afectados, realçando que por muitas vezes, “para alcançar um bem maior, há que enfrentar alguns inconvenientes”.
Estas obras, orçadas em mais de 27 mil contos e financiados no âmbito do Programa de Reabilitação, Requalificação e Acessibilidades (PRRA), iniciaram-se no final do mês de Setembro e visam requalificar os arruamentos da cidade de Nova Sintra.
Em declarações à Inforpress, Francisco Tavares já tinha adiantado que caso não houver algum imprevisto, as mesmas poderão estar prontas em Março de 2021.