Praia, 08 Mar (Inforpress) – O PAICV criticou a ausência de políticas de cultura no município do Tarrafal, acusando a câmara de “nada estar a fazer” para dinamizar o sector que “deveria constituir um factor preponderante” para as actividades turísticas.
A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV de Santiago Norte mostrou-se preocupado com a não realização da “Feira de Cinzas”, que tem acontecido um pouco por todos os outros municípios do interior de Santiago e considerou de “vergonhosa” a situação do Carnaval pelo facto de a edilidade ter estado a “obrigar”, há dois anos, as escolas a desfilarem no próprio dia da festa do rei Momo ao invés de antecipadamente como fazem outras escolas a nível nacional.
O PAICV, que pede uma “agenda cultural” alinhada com o sector turístico para que se possa fazer da cultura um factor de promoção e de rendimento, mostrou-se ainda preocupado com a situação das actividades que visam alavancar a cultura e melhorar o estado da economia no município em geral e dos munícipes em particular.
“Em boa verdade, assistimos ano após ano a não elaboração da tal agenda cultural, ficando toda a organização das actividades à mercê da vontade dos agentes culturais de forma individualizada e particular”, disse Ronaldo Cardoso, membro da CRP do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV – oposição) em Santiago Norte, durante uma conferência de imprensa, no Tarrafal.
Tudo isso, segundo ele, por culpa de uma ausência de uma política municipal virada para a dinamização deste sector que, no seu entender, deveria constituir um “factor preponderante” para as actividades turísticas, tendo em conta que Tarrafal tem “uma cultura muito rica”.